O governo do Distrito Federal tirou do ar todos os seus sistemas na tarde de hoje (5) ao perceber uma tentativa de ataque hacker. Segundo a Secretaria de Economia do DF, a atitude foi tomada para interromper a invasão e preservar a integridade da base de dados do governo distrital.
Ao confirmar a tentativa de ataque, a secretaria informou que a Subsecretaria de Tecnologia do DF "já estava em alerta para possíveis tentativas e já trabalha para resolver o problema". Isso porque outras páginas e outros sistemas de instituições públicas brasileiras foram vítimas de ataques nesta semana.
GDFNet está totalmente inoperante nesta quinta-feira (5). (Imagem/Reprodução GDF)
Saúde
O Ministério da Saúde, por exemplo, ficou com seu sistema de comunicação por e-mail totalmente inoperante. A pasta também ficou sem internet e telefone fixo na manhã de hoje (5). Em nota, o Ministério disse que: "a equipe técnica do Departamento de Informática do SUS (Datasus) investiga o que causou o problema e trabalha para o restabelecimento do serviço, mas não há previsão para o retorno do sistema".
Ainda não se sabe a dimensão dos danos causados aos sistemas do Ministério da Saúde. Além disso, Conselho Nacional de Justiça e outros órgão também sofreram ataques, mas ainda não temos informações concretas sobre o tamanho do problema.
Até o momento, os relatos indicam que os seguintes estão inacessíveis: STJ, MS, DATASUS, CFC, CNJ e GDF
— Felipe Payão (@felipepayao) November 5, 2020
Pior da história
Na segunda-feira (2), o primeiro e pior ataque hacker da semana atingiu o Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Hackers conseguiram criptografar toda a base de dados da instituição, inclusive os backups, que aparentemente estavam salvos na mesma rede de servidores. O STJ está totalmente às escuras desde então, e não há qualquer previsão para retomada no momento.
O ataque ao STJ está sendo considerando o pior da história do Brasil devido à dimensão e importância dos dados sequestrados pelos hackers. São milhares de processos e comunicações por e-mail oficiais acumulados desde a fundação da Corte. Não se sabe se o STJ um dia conseguirá ter acesso a essa base de dados novamente.
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