A montadora Tesla iniciou uma campanha contra uma proposta de lei que deve ser votada em novembro deste ano no estado norte-americano de Massachusetts. A companhia chegou até a enviar emails para os clientes da região, explicando o seu ponto de vista da polêmica, mostrando-se preocupada com possíveis ataques hacker a seus carros elétricos.
Basicamente, a iniciativa quer ampliar o direito de reparo de automóveis por mecânicas terceirizadas e independentes, como oficinas pequenas. Para que isso aconteça, entretanto, as montadoras serão obrigadas a vender veícuso com um sistema de comunicações e monitoramento de padrão aberto — ou seja, que possa ter os dados acessado para diagnóstico e conserto.
Por enquanto, segundo a legislação atual, as oficinas só podem usar essas informações com a devida autorização, já que o acesso aos dados não é tão fácil. Entretanto, a Questão 1 do formulário a ser votado em novembro obrigaria todos os automóveis vendidos a partir de 2022 a terem uma plataforma que facilita esse acesso.
O lado da Tesla
Segundo a Tesla, entretanto, o assunto é delicado e a permissão é perigosa. Afinal, o pedido "vai além do que é necessário" para realizar pequenos consertos e pode comprometer a segurança do carro, tornando os veículos vulneráveis a ciberataques.
Além disso, a companhia afirma que já colabora bastante para um padrão relativamente aberto de reparos, compartilhando manuais sobre peças e partes, fora outras informações para serviços mecânicos, elétricos e de batidas.