Controle de privacidade Google confundiu até os funcionários

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Imagem: Elena Lacey/Getty Images

Oh, Shit é o nome das reuniões matinais às segundas na Google, e a de 13 de agosto de 2018 foi bem movimentada: o tema da discussão foi a matéria da Associated Press sobre como a Google guardava a localização de celulares, mesmo que o usuário escolhesse não divulgar seus dados.

Segundo documentos agora liberados pela Procuradoria Geral do Estado do Arizona (EUA) na ação contra a empresa, nem mesmo os engenheiros de software conseguiam entender o controle de privacidade Google – vá dizer os usuários.

"Eu concordo com o artigo", "definitivamente confuso" e "não estamos explicando as coisas direito para os usuários" foram alguns dos comentários de engenheiros da Google sobre o artigo da AP."Eu concordo com o artigo", "definitivamente confuso" e "não estamos explicando as coisas direito para os usuários" foram alguns dos comentários de engenheiros da Google sobre o artigo da AP.Fonte:  Procuradoria Geral do Arizona/Reprodução 

Nos e-mails divulgados (anexados a um processo ainda em andamento por fraude ao consumidor contra a Google), os funcionários se mostram confusos e, alguns deles, até mesmo revoltados com a possibilidade de, mesmo tendo desativado a localização do dispositivo, ainda poderem ser rastreados.

“Falando como usuário, WTF? Achei que tinha desabilitado a localização no meu celular. O jeito que fazemos isso é suficiente para confundir até um especialista em privacidade. Isso não é bom", diz um engenheiro de software da gigante de tecnologia.

Atrás de você, goste ou não

Em 2018, a Associated Press publicou uma matéria sobre como o controle de privacidade Google em dispositivos Android e iOS permitia o armazenamento da localização do usuário, mesmo que este tivesse configurado o celular para não fazê-lo.

(Hoje, a Ajuda da Google diz que “mesmo depois que você desativar o Histórico de localização, alguns dados de local poderão continuar sendo salvos em outras configurações [...] quando você usar outros serviços, como a Pesquisa Google e o Maps.”)

À época, a empresa alegou fornecer “descrições claras dessas ferramentas e controles robustos para que as pessoas possam ligá-las ou desligá-las e excluir seus históricos a qualquer momento.” A explicação não convenceu o procurador-geral Mark Brnovich e, agora sabemos, nem mesmo os próprios engenheiros da Google.

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