Gravadoras estariam envolvidas em pirataria de música digital, segundo uma investigação do projeto The Music Mission, lançado pela empresa AudioLock em conjunto com a distribuidora de música Label Worx.
O objetivo do projeto, que recebe apoio de outras gravadoras e plataformas de distribuição, é derrubar sites de pirataria que adotam estratégias para competir diretamente com plataformas legítimas.
Isso é possível devido às suas interfaces, recursos avançados e catálogos vastos, elaborados para dar aos sites uma aparência mais "confiável". Assim, essas plataformas conseguem enganar usuários e cobrar pelo serviço, gerando uma competição desleal. Até o momento, a investigação já identificou 200 sites ilegais.
Catálogos extensos
As informações preliminares do levantamento demonstram que uma única loja pirata tem, em média, 780 mil músicas disponíveis para download no formato MP3 — o que daria mais de dez terabytes de música.
"Se todos forem arquivos mp3 de 320kbps, isso equivaleria a chocantes 69.791 horas de música ou quase oito anos. Se você escutasse tudo isso enquanto caminha, teria chegado à Lua antes de repetir qualquer faixa", afirma a coalizão em seu relatório.
Antipirataria X Serviços ilegais
A investigação ainda encontrou uma empresa que fornece um serviço antipirataria, mas opera uma página pirata por trás desse disfarce. "O proprietário possui convenientemente sua própria empresa de software antivírus e proteção de música. Ambos bons parceiros de uma empresa antipirataria", revela o Music Mission.
Segundo o projeto, vários proprietários de sites piratas também administram gravadoras – cujo catálogo não foi disponibilizado ilegalmente. O Music Mission ainda não revelou os nomes das gravadoras envolvidas e disse que as investigações estão em andamento.
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