Um estudo realizado pela companhia VPNpro revelou que um dos editores de vídeo para smartphones mais populares do mundo é, na verdade, um spyware. O VivaVideo é bastante utilizado para fazer vídeos curtos, por ser simples e eficiente. Contudo, o aplicativo solicita permissões do sistema que são altamente intrusivos e desnecessários para seu funcionamento.
Nos últimos anos, a Google tem investido pesado na segurança do Android. O Android 10 dá ao usuário a possibilidade de ter mais controle sobre as permissões que são solicitadas por determinado aplicativo. Mesmo assim, a Play Store ainda abriga milhões de aplicativos que se aproveitam das políticas de segurança mais brandas de outras versões do sistema.
Um desenvolvedor, vários apps
A QuVideo Inc., desenvolvedora chinesa por traz do VivaVideo, ainda mantém vários outros apps na Play Store, sendo que alguns deles têm a mesma função de editor de vídeos.
Fonte: Play Store/ReproduçãoFonte: Play Store
Abaixo, você pode conferir todos os apps que são criados pela desenvolvedora desonesta:
- VivaVideo
- VivaVideo PRO Video Editor HD
- SlidePlus – Photo Slideshow Maker
- Tempo – Music Video Editor with Effects
- VivaCut – Pro Video Editor APP
- VidStatus – Status Videos & Status Downloader
Atualmente, o VivaVideo está instalado em cerca de 100 milhões de celulares Android. Ao lado dos outros apps da QuVideo Inc., o software solicita permissões perigosas e ainda traz embutido um Trojan que permite acesso remoto malicioso. Isso significa que o app pode ser usado para dar acesso e controle do seu smartphone pra um grupo de indivíduos mal intencionados, que podem roubar seus dados e informações.
O app também funciona em iPhones
Além do Android, o VivaVideo também está disponível na loja de apps do iPhone. Na plataforma da Apple, no entanto, o aplicativo tem permissões muito mais limitadas e não chega a representar um perigo para o dispositivo.
Talvez, os desenvolvedores tenham optado por criar uma versão do app para iPhone com o único propósito de aumentar sua popularidade.
O caso serve como alerta para os usuários que instalam programas sem checar sua legitimidade. É aconselhável se proteger das ameaças com a proteção de um antivírus capaz de detectar atividades suspeitas.