A Xiaomi tomou algumas medidas de segurança após ser acusada de coletar dados de navegação sem o consentimento de usuários. A matéria original, publicada na semana passada na Forbes, fez a fabricante chinesa ser alvo de críticas pela extração aparentemente exagerada de informações em seu browser nativo, mesmo quando o modo anônimo estava ativado.
Em resposta, a Xiaomi inicialmente apenas negou que o ato fosse uma violação de privacidade de usuários. Em seguida, ela publicou um comunicado no blog da empresa para detalhar a situação. Segundo a marca, ela segue leis e regulamentações de proteção de dados em todos os países que atua e mantém a posição de que a matéria "não representa os fatos".
Garantias e preocupações
No comunicado, a Xiaomi reforça que os dados coletados são todos anonimizados e criptografados, nunca relacionados com um usuário em específico na formulação de estatísticas e relatórios — uma "solução comum adotada por empresas de internet ao redor do mundo para melhorar a experiência geral de uso em vários produtos". Além disso, ela garante que a infraestrutura de nuvem utilizada é bem conhecida da indústria, em servidores localizados fora da China.
Ainda criticando a reportagem original, a companhia alega que respondeu todas as questões enviadas pela Forbes com detalhes sobre as políticas de privacidade, mas o artico "não reflete precisamente os fatos e conteúdos dessas comunicações". Por fim, ela defende que a interface MIUI 12 é apenas um dos exemplos de que a fabricante está preocupada com recursos de transparência e proteção ao consumidor.
Navegador atualizado
Apesar de manter a resposta de que a pesquisa da Forbes não é precisa e verdadeira, a empresa tomou algumas medidas para reforçar a segurança dos usuários com base nas denúncias realizadas. Os navegadores Mint Browser e Mi Browser, que são parte da acusação, receberam uma atualização no Android com uma nova configuração: a possibilidade do usuário escolher ligar ou desligar o compartilhamento dados no "modo incógnito" do aplicativo. A novidade foi enviada no final de semana para aprovação e distribuição na Google Play Store.
Segundo ela, esse reforço e as medidas esclarecidas anteriormente "vão além de qualquer requerimento legal para demonstrar o comprometimento da companhia com a privacidade do usuário".
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