O governo de Israel interrompeu o monitoramento da população através da coleta de dados de localização dos celulares. Diante da tentativa de prorrogar a medida de emergência, um grupo de supervisão do parlamento israelense se manifestou contra, como informa a BBC.
Para justificar a negativa, um membro do comitê defendeu que os danos à privacidade superariam os benefícios. Como já noticiamos, o uso desta medida de controle foi aprovado por apenas 30 dias com o objetivo de garantir o distanciamento social, adotado para combater a pandemia de covid-19.
Durante esse período, autoridades podiam rastrear os celulares de pessoas diagnosticadas com a doença ou com suspeitas de contaminação.
Cerca de 203 pessoas foram presas por violarem o distanciamento social, algumas delas mapeadas através do rastreamento de seus celulares, segundo informações que a polícia israelense repassou ao comitê.
O projeto de monitoramento, apesar de ter sido suspenso, deve ser implementado em um futuro próximo com mais cuidados em relação à privacidade das pessoas.
Medidas como essas geram preocupações, sobretudo no mundo jurídico. Afinal, ainda se questiona até onde é permitido limitar a liberdade civil em prol do bem comum. Além disso, por mais que os governos estejam voltados para o controle da pandemia de covid-19, essas ferramentas de monitoramento podem ser utilizadas para outros fins posteriormente.
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