O WhatsApp é uma ferramenta extremamente útil por diversos motivos. Há aqueles que a utilizam como uma maneira rápida e prática de se comunicar com parentes e amigos; outros usam o aplicativo de forma profissional, mantendo contato com clientes, fornecedores e parceiros para a realização de suas atividades. Portanto, não é exagero dizer que o WhatsApp se tornou essencial para a vida de muitas pessoas.
E alguns criminosos se aproveitam dessa dependência. Com golpes muito bem arquitetados, roubam dinheiro, informações e praticam crimes hediondos por meio do WhatsApp. Diante desse cenário, será que estamos completamente indefesos e sem alternativas para combater esses criminosos?
Não! É perfeitamente possível se proteger e garantir que pessoas mal-intencionadas não vão prejudicar você e as pessoas próximas.
Quer entender como você pode se tornar "imune" aos diversos golpes e às táticas enganosas que os criminosos arquitetam? Então preste muita atenção neste artigo e coloque em prática as dicas que vai aprender aqui. Compartilhe este artigo para que todos possam se proteger das artimanhas que tanto prejudicam as pessoas.
Quais são os perigos de usar o WhatsApp?
É claro que o aplicativo, por si só, não oferece riscos aos usuários. Mas uma das formas de os criminosos se aproveitarem do app é "sequestrando" o acesso ao WhatsApp e mantendo o dono da conta incapaz de usar o perfil no mensageiro.
No período em que esta matéria está sendo redigida, esse é o tipo de golpe mais comum e que tem causado prejuízos sérios às vítimas. Contudo, muitas outras artimanhas já foram utilizadas e tantas outras podem compor o arsenal dos criminosos.
Sequestro de conta do WhatsApp
Esse golpe tem crescido em "popularidade" e sido usado de forma intensa pelos criminosos para roubar dinheiro. Não é muito difícil entender como ele funciona: o malfeitor descobre o número da vítima e tenta fazer a instalação do WhatsApp em um aparelho qualquer. Ele pode conseguir o contato de diversas maneiras, como em sites de compra e venda (como OLX), anúncios em redes sociais e até listas de contatos de celulares e chips roubados.
Ao fazer isso, o aparelho em que o chip está instalado recebe um SMS de confirmação para validar a instalação do aplicativo no outro celular. É aqui que entra a malandragem. Como o criminoso precisa desse número, acaba inventando diversos pretextos para enganar as vítimas e fazê-las compartilharem o código.
Os argumentos e as táticas mais comuns são relacionados às plataformas de compra e venda. O criminoso liga e se identifica como um profissional do site em questão e diz que precisa do código que foi enviado para o aparelho. O pretexto pode variar, mas a justificativa frequentemente é bastante convincente para quem está querendo vender algum produto na internet.
Assim que o criminoso consegue o número, insere-o em sua instalação do WhatsApp, validando o acesso. No mesmo instante, o verdadeiro dono da conta é impedido de usar o aplicativo, já que apenas uma instância do mensageiro é permitida por aparelho.
A vítima pode até tentar acessar novamente a conta em seu próprio aparelho, mas terá que esperar alguns minutos (às vezes horas) para poder gerar um novo código de acesso. Esse período, muitas vezes, é o suficiente para os criminosos causarem um belo estrago, já que na sequência eles disparam várias mensagens pedindo dinheiro aos contatos da vítima.
Aqueles que não desconfiam do golpe e querem ajudar acabam depositando ou transferindo quantias importantes. O destino geralmente é uma conta de "laranja", de uma pessoa que "emprestou" os dados aos criminosos e também não está ciente do que aconteceu.
Versões alternativas de aplicativos
Outro golpe bastante comum e que prejudicou muitas pessoas foi a promessa de aplicativos melhorados e versões mais poderosas dos que as que estamos acostumados a usar. O chamado WhatsApp Gold, versão falsificada do popular mensageiro, foi o que mais se destacou e causou muitos problemas não só no Brasil.
O golpe consistia no envio de uma mensagem prometendo benefícios claros na instalação de um novo aplicativo, que geralmente era uma versão melhorada de WhatsApp, Facebook, Instagram, Messenger, Google Chrome ou outro app de uso comum. O prejuízo para a vítima que clicava no link indicado ou instalava o aplicativo falso poderia vir de diversas formas, mas envolvia o uso de informações pessoais e financeiras compartilhadas por meio do pagamento.
Em posse desses dados, os criminosos podem fazer compras, cadastros e até extorquir outros usuários, aliando estratégias do primeiro golpe mencionado.
Cupons e descontos falsos
Essa foi outra estratégia que se mostrou bastante eficiente para enganar os usuários do WhatsApp. Por meio de mensagens prometendo cupons falsos, diversas pessoas tiveram prejuízos financeiros significativos e ainda foram responsáveis por propagar os golpes, já que eram convidadas a compartilhar com o máximo possível de pessoas as mensagens enganosas.
Os cupons eram de redes famosas, como McDonald's e Burguer King, e até de operadoras de celular prometendo créditos gratuitos. Mais uma vez atraídas pela promessa de ganho fácil, as vítimas compartilhavam as mensagens e seguiam cuidadosamente as instruções. O resultado era o uso de informações pessoais e financeiras, cobranças indevidas (em contas bancárias ou cartão de crédito) e contratação de serviços indesejados.
Para se livrar dessa armadilha, a solução era deixar de compartilhar as informações falsas e ignorar completamente as promessas de ganhos por meio de tais cupons.
Como se livrar dessas e de outras armadilhas no WhatsApp?
Algumas pessoas já podem estar enjoadas de ler e ouvir recomendações básicas de segurança com relação à internet, como ter cuidado ao clicar em links desconhecidos, não confiar em mensagens de estranhos, não compartilhar informações pessoais etc. Entretanto, com a chegada de novas tecnologias, as dicas de sempre podem não funcionar.
É por isso que, para lidar com as novas ameaças vindas do WhatsApp, dicas diferentes são necessárias.
Habilite a verificação em 2 etapas no WhatsApp
Uma das principais medidas para se evitar golpes de sequestro da conta no WhatsApp é a ativação da verificação em duas etapas. Esse mecanismo adiciona uma camada extra de proteção para o seu número, permitindo que somente aquele que souber o código PIN da conta consiga acessá-lo.
É muito fácil habilitar a verificação em duas etapas:
- Acesse o menu de configurações no seu WhatsApp;
- Vá na opção "Conta" e clique em "Configuração em duas etapas";
- Ative a confirmação em duas etapas inserindo um código de seis dígitos.
Memorize esse código, pois ele será necessário todas as vezes que o WhatsApp for instalado. Além disso, o aplicativo frequentemente faz verificações de identidade exigindo que esse número seja inserido com o app for aberto.
Da mesma forma que o código enviado por SMS, o PIN não deve ser compartilhado com outras pessoas. Somente o dono da conta no WhatsApp deve conhecer e memorizar esse número.
Aqui, valem aquelas velhas dicas para a formulação de uma boa senha.
- Evite números sequenciais, como 123456 ou 654321.
- Evite números repetidos.
- Não use datas de aniversários ou números significativos que podem ser facilmente descobertos.
Ao ativar a verificação em duas etapas, boa parte dos problemas com o acesso indevido no seu WhatsApp já estarão sendo prevenidos. Porém, há mais a ser feito para garantir a proteção da conta.
Fique de olho nas sessões do WhatsApp Web
Para facilitar a vida de quem utiliza muito o computador, o WhatsApp disponibiliza uma versão web do aplicativo. Esse recurso é prático por dispensar o uso constante do smartphone e ficar restrito a uma aba do navegador. Contudo, esse mecanismo também pode oferecer uma brecha para a sua segurança.
Como é possível habilitar o WhatsApp Web em um computador sem que o celular esteja por perto (ele só precisa estar conectado à internet), pessoas mal-intencionadas podem usar essa versão do mensageiro para espionar conversas. Sem o consentimento da vítima, é possível pegar o celular, efetuar o login no WhatsApp Web em um computador e devolver o aparelho sem levantar muitas suspeitas. Todas as vezes que o smartphone se conectar à internet, a instância Web também se conectará.
Isso pode ser evitado analisando no aparelho as sessões do WhatsApp Web que estão rodando. Se houver uma instância que não foi iniciada por você, é provável que alguém esteja espionando as suas mensagens recentes. Além disso, o simples fato de usar a versão de navegador do mensageiro automaticamente desconecta (embora temporariamente) outras sessões do WhatsApp para a web.
Por isso, revisar as sessões abertas e excluir aquelas que você não está usando é a melhor estratégia para se manter seguro.
Dicas gerais para se manter seguro no WhatsApp
Embora este artigo tenha como objetivo ser o mais completo possível quando o assunto é segurança no WhatsApp, alguns pontos ainda podem ter ficado desatendidos. Por isso vamos dar uma série de dicas que podem ajudá-lo a não cair em golpes e armadilhas de criminosos.
Vale ressaltar que essas mesmas indicações podem ajudar seus familiares e amigos, por isso recomendamos que você compartilhe este artigo e peça para essas pessoas seguirem as recomendações.
- Não compartilhe informações pessoais como senhas, número de cartão e códigos recebidos no seu aparelho.
- Desconfie de qualquer tipo de pedido, por mais inocente que possa parecer e mesmo que tenha sido feito por um conhecido ou amigo.
- Não confie totalmente em credenciais passadas através de mensagens ou ligações.
- Tenha muita cautela ao receber promoções, descontos ou cupons, especialmente se eles forem "muito bons".
- Baixe os seus aplicativos somente nas lojas oficiais e evite fontes duvidosas para atualizá-los.
- Bloqueie contatos que enviam mensagens suspeitas.
- Se desejar ainda mais segurança, utilize aplicativos que protegem outros apps com o uso de senhas específicas.
Fontes