Na semana passada, o caso sobre o roubo de dados do celular do CEO e fundador da Amazon, Jeff Bezos, ganhou uma atualização improvável, ligando o príncipe saudita, Mohammed bin Salman (“MBS”) ao crime. Agora foi a vez do Facebook se manifestar e acusar a Apple pela falha de segurança.
Em uma recente entrevista à BBC, Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais e comunicações do Facebook, foi questionado sobre o papel da empresa, que é proprietária do WhatsApp, no caso. Clegg alegou que graças a criptografia de ponta a ponta do app de mensagens, seria impossível que a falha fosse causada por ele, e que o problema estava no sistema operacional.
"Parece algo que é chamado de operação, [no] telefone em si. Não pode ter sido algo quando a mensagem foi enviada, em trânsito, porque o WhatsApp tem criptografia de ponta a ponta”, explicou Clegg. “É como se alguém lhe enviasse um email malicioso, ele só ganha vida quando você o abre. Eu suspeito que deve ter sido algo assim, então algo teria afetado o sistema operacional do telefone”.
Embora Clegg não tenha sido explícito ao acusar a Apple, a notícia de que Bezos estava usando um iPhone X já era de conhecimento público quando o vice-presidente de comunicações do Facebook quando ele conversou com a BBC. Ele completou alegando que “algo” deve ter afetado o sistema operacional do telefone. A Apple se recusou a comentar as declarações do Facebook.
Novidades no caso
Enquanto o Facebook se defende da responsabilidade pela falha de segurança, os jornais Wall Street Journal e New York Times afirmam terem fontes que alegam que o vazamento dos “nudes” de Bezos partiu da namorada do CEO da Amazon. Lauren Sanchez teria enviado os arquivos para seu irmão Michael, que as vendeu para o National Enquire.
De acordo com os jornais, os promotores federais têm provas que ligam Sanchez ao caso, mas não saberiam afirmar se o vazamento foi deliberado ou um caso de quebra confiança. Michael Sanchez nega o envolvimento e afirma ter fornecido todos os documentos para a justiça. Ele também acusou o The Washington Post, que pertence ao Bezos, de “mentiras e meias verdades”.