A gigante japonesa Mitsubishi Electric confirmou nesta segunda-feira (20) que foi alvo de um ciberataque em junho do ano passado. Investigações internas só terminaram agora e, na primeira declaração da companhia a respeito do ocorrido, ela afirma que os danos foram mínimos.
Segundo a empresa, "atividades irregulares" foram detectadas por um funcionário, que notou a presença de arquivos estranhos no sistema. Os criminosos conseguiram acesso a seções de alto nível de confidencialidade do sistema da sede da marca, atingindo também filiais e computadores pessoais de mais de 8 mil funcionários, aposentados e candidatos em processo seletivo. O ataque teria começado no escritório chinês da gigante.
Entretanto, a Mitsubishi Electric alega que "restringiu acesso externo" aos dados e confirmou que nenhuma informação técnica ou importante relacionada aos seus parceiros comerciais foram vazadas. Ela ainda pediu desculpas pela preocupação e inconveniência.
Quem foi?
Segundo o Nikkei Asian Review, as maiores suspeitas sobre o ataque recaem sobre um grupo de cibercrimes originado na China. Ele é conhecido como Tick, e já teria feito vítimas similares na Coreia do Sul, ganhando acesso a servidores inteiros ao roubar contas corporativas de email para entrar nos terminais. Os criminosos estão em atividade no mínimo desde novembro de 2018.
A organização é uma das mais importantes do Japão em defesa, eletricidade e infraestrutura — e, além de contratos com outras empresas ao redor do mundo, possui muitos negócios com governos. Por isso, os dados da companhia devem ser extremamente sensíveis, o que levou o Japão a pedir que companhias locais reforcem as defesas virtuais e adotem padrões mais rígidos de segurança.
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