Autoridades dos Estados Unidos, junto com equipe do New York Times, publicaram uma análise sobre a investigação do aplicativo ToTok a respeito de sua coleta de dados dos usuários. Segundo o que foi dito no relatório, o aplicativo é considerado uma ferramenta de espionagem usada pelos governantes dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
Como o aplicativo coleta dados
Através da permissão dos usuários para que o ToTok acesse câmera, microfone, fotos, localização, calendário e contatos, o aplicativo se mostra capaz de monitorar cada passo dos indivíduos através de seus aparelhos com acesso liberado.
Aplicativos de troca de mensagens, como WhatsApp e Skype, são bloqueados nos Emirados Árabes Unidos. Por isso, a liberação do ToTok – que permite fácil comunicação com baixo investimento – foi recebido com grande apreço.
Com as concessões dadas espontaneamente pelos usuários, o aplicativo conseguia vigiar os cidadãos de forma legal, de certa forma, já que o acesso foi cedido.
Os Emirados Árabes são conhecidos por sua política de vigilância às críticas feitas ao governo, com monitoramento contínuo até nas redes sociais. Como medidas punitivas, o Relatório Mundial de 2019 da Human Rights Watch lista a detenção arbitrária e o desaparecimento à força, reforçando o controle governamental sobre o povo.
Posicionamento do ToTok
O blog oficial do aplicativo não se manifestou diretamente sobre as acusações feitas, apenas informou que o TiTok estava temporariamente indisponível em duas lojas – Google e Apple, mas os usuários que já possuem o aplicativo não serão afetados, afirma a postagem.
Na publicação, ainda é enfatizado que o aplicativo está presente em “centenas de países” e que possui alto padrões de segurança. Seu download ainda pode ser feito nas lojas de aplicativos da Samsung, Hwawei, Xiami e Oppo, além de alguns poderem baixa-lo diretamente do site.
“Desinstale-o imediatamente”, é o conselho do corpo investigativo.
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