Alguns dos maiores desenvolvedores de antivírus do mundo, em conjunto com organizações sem fins lucrativos, se uniram para combater a disseminação dos chamados “stalkerwares”.
O projeto, chamado Coalition Against Stalkerware (CAS, coalisão contra stalkerwares, em português), é formado por 10 empresas no total: Avira, Eletronic Frontier Foundation (EFF), G Data, Kaspersky, Malwarebytes, NortonLifeLock, Weisser Ring, Operation Safe Escape, a National Network to End Domestic Violence e a Work with Perpetrators of Domestic Violence.
O que são os stalkerwares?
Os stalkerwares são aplicativos que repassam informações de uso de um determinado dispositivo para outra pessoa, sem que o dono do dispositivo onde o app está instalado saiba.
Em outras palavras, uma pessoa com conhecimento técnico suficiente se apossa, momentaneamente, do smartphone (ou PC) de seu parceiro ou ente querido (namorado, marido, filho, amigo, etc.) e instala um app que coleta informações como mensagens, chamadas, fotos, locais do GPS e outras informações confidenciais, que são enviadas para quem o instalou. O app se mantém “invisível”, de forma que o dono do dispositivo não saiba que ele está instalado.
Por que o CAS quer combater os stalkerwares?
O objetivo do CAS é ajudar a diminuir a violência doméstica, perseguição e assédio, proveniente do uso dos stalkerwares, além de conscientizar as pessoas sobre a existência desse tipo de software.
Brasil é 3º no ranking mundial de stalkerware
Segundo o chefe de pesquisa antimalware da Kaspersky, Vyacheslav Zakorzhevsky, para combater esse apps intrusivos, é importante que os fornecedores de antivírus trabalhem em conjunto com organizações jurídicas, que terão o papel de orientar a população.
De acordo com a Kaspersky, nos primeiros oito meses de 2019 o número de tentativas de instalação de stalkerwares subiu 373% em relação ao mesmo período de 2018, sendo que os países onde mais se utiliza esses apps são a Rússia, Índia, Brasil e EUA.
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