No começo desta semana, o ministro do interior do Reino Unido, Sajid Javid, aprovou o pedido de extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para os Estados Unidos. A decisão, porém, será tomada pelos tribunais em uma audiência marcada para depois de 24 de fevereiro de 2020.
"Eu quero ver a justiça feita em todos os momentos e nós temos um pedido de extradição legítimo, então eu assinei, mas a decisão final é agora com os tribunais.", ressaltou Javid.
Não podendo comparecer à sua última audiência em Londres por conta de um problema de saúde, Assange afirmou, em vídeo, não ter hackeado informações confidenciais e disse ser “nada além de um editor”.
Seu advogado complementou dizendo que a extradição "representa um ataque ultrajante e frontal aos direitos jornalísticos".
Acusação
Nos EUA, 18 ações foram movidas contra Assange. Os promotores norte-americanos afirmam que o jornalista cometeu crimes como a desobediência da lei de espionagem e segurança nacional ao publicar informações confidenciais sobre as intervenções militares no Afeganistão e Iraque, com auxilio da ex-militar Chelsea Manning.
Assange responde também por supostos crimes sexuais cometidos da Suécia e violação das normas da liberdade provisória na Inglaterra. Nos últimos sete anos, ele esteve alojado na embaixada equatoriana em Londres, até o último dia 11, quando o presidente do Equador retirou a proteção diplomática.
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