A Apple anunciou ontem (03) durante a WWDC 2019 novos recursos de segurança no login para usuários, mas deixou de fora da apresentação outra novidade importante que foi aplicada nos bastidores. Trata-se de uma mudança sutil, porém significativa, nos termos de uso e serviço da App Store: a partir de agora, aplicativos direcionados para crianças estão proibidos de exibir anúncios publicitários de terceiros, realizar análises de dados do usuário e transmitir informações pessoais para outras empresas.
Em outras palavras, jogos e utilitários que têm crianças como público-alvo ou categorias infantis na descrição não podem mostrar banners para outros jogos ou apps nem coletar dados de consumo ou informações pessoais. Esses pré-requisitos passam a ser obrigatórios para todos os novos apps que forem submetidos ao sistema de cadastro na loja virtual do iOS. O restante do catálogo precisa se adequar às novas regras até setembro deste ano.
Antes tarde do que nunca
A Apple recentemente colocou a privacidade como uma de suas prioridades, inclusive sendo criticada pela Google por essa prática tardia e em produtos caros. A marca do Android, inclusive, também fez alterações nas políticas de anúncios em apps infantis na última semana, após reclamações de usuários à Federal Communications Commission, o equivalente da Anatel nos Estados Unidos.
Entretanto, é inegável que a marca está mesmo agindo no setor, mesmo que de forma reativa, não preventiva. Uma reportagem recente do The Wall Street Journal mostrou que 79 de 80 apps testados usavam rastreadores para direcionar anúncios, incluindo um de uso infantil, o Curious World.
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