O número de ocorrências policiais decorrentes de relacionamentos iniciados a partir de aplicativos de encontros, como Tinder e Grindr, cresceu 253% em 5 anos em São Paulo. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pela agência de dados Fiquem Sabendo e divulgados pelo portal Gênero e Número.
O levantamento mostrou que, em 2018, a média de casos de violência iniciados nos apps foi de um a cada 3 dias. Os aplicativos mencionados pelas vítimas foram Tinder, Badoo, POF, Happn e Grindr. Os crimes mais praticados são difamação, ameaça, injúria, estelionato e calúnia, mas também há registros de estupro, extorsão, furto e lesão corporal. A maior parte das vítimas, cerca de dois terços, é composta por mulheres.
(Fonte: Gênero e Número/Reprodução)
Proteção
Em entrevista ao portal Gênero e Número, a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DFM) de São Paulo, delegada Jamila Jorge Ferrari, disse que em casos de violências o agressor pode ter a conta banida do aplicativo. A especialista também alerta para a importância de ter registros das conversas caso elas saiam do ambiente dos apps.
"A partir do momento em que você 'printa', tem data e hora, e eventualmente a gente consegue rastrear o indivíduo pelo número do telefone, para saber onde está ou se ele é outro tipo de criminoso", ressalta.
Resposta
Procurados pelo portal, apenas os responsáveis pelo aplicativo Happn retornaram. Eles afirmam que têm equipes especializadas para auxiliar em casos de violência e aplicam sanções aos usuários identificados como agressores.