O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) condenou nesta quinta-feira (23) o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em 17 acusações. Uma delas, duramente criticada nas mídias sociais e figuras como Edward Snowden, é a violação à Lei de Espionagem — algo que gera conflito nas proteções de Primeira Emenda.
Isso não é mais sobre Julian Assange: este caso vai decidir o futuro da mídia
Assange foi acusado de ajudar a ex-analista de inteligência Chelse Manning na divulgação de documentos secretos do governo estadunidense em 2010. Segundo o DOJ, Assange solicitou as informações secretas de maneira ativa em 2009, além de ter conspirado junto com o Manning o acesso ilegal para documentos confidenciais do governo.
Sobre a condenação, o WikiLeaks tweetou: “Isso é uma loucura. É o fim para a segurança nacional do jornalista e da primeira emenda”. Edward Snowden, que revelou o programa de vigilância PRISM, também comentou: “Isso não é mais sobre Julian Assange: este caso vai decidir o futuro da mídia”.
Como nota o The New York Times, “a decisão do Departamento de Justiça de seguir as acusações da Lei de Espionagem sinaliza uma dramática escalada do presidente Trump para reprimir vazamentos de informações sigilosas e visa diretamente as proteções da Primeira Emenda para os jornalistas”.
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