A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a Operação Egypto na manhã desta terça-feira (21). Segundo as autoridades, a Egypto investiga uma instituição financeira de criptomoedas que atua sem autorização do Banco Central e que possui créditos com mais de R$ 700 milhões.
- Atualização: a instituição se chama InDeal
A Operação Egypto também conta com um dos melhores nomes já pensados pela Polícia Federal
Participaram da operação cerca de 130 policiais federais, 20 servidores da Receita Federal do Brasil e seis policiais civis em dez mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão em cidades gaúchas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em São Paulo. Ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros também foram expedidas, além da apreensão de imóveis e veículos de luxo.
A Polícia Federal não revelou o nome da empresa. Contudo, afirmou que a empresa pirâmide “estaria captando recursos de terceiros, sem a autorização dos órgãos competentes, para investimento no mercado de criptomoedas. A empresa assumia o compromisso de retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação (...) Os sócios da instituição financeira clandestina apresentaram evolução patrimonial de grande vulto, que, em alguns casos, passou de menos de 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano”.
Os suspeitos, caso condenados, irão responder pelos crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O melhor do Brasil
Os nomes de operações da Polícia Federal sempre tomam as manchetes — não só pelas ações, mas pelos próprios nomes que são, por muitas vezes, “engraçados”.
Dessa vez, a PF explicou a escolha de Operação Egypto: “A operação foi denominada Egypto pela similaridade dessa palavra com o termo ‘cripto’ e pelo fato de que o negócio da empresa foi classificado por terceiros como de ‘pirâmide financeira’”. Incrível.
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