Donos de criptomoeda brasileira vão responder por lavagem de dinheiro

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Foi aceito o recurso do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para adicionar lavagem de dinheiro à condenação de quatro denunciados pela Operação Patrick, que investiga a venda da moeda digital Kriptacoin, da empresa Wall Street Corporate.

Segundo o MPDFT, o grupo era investigado por suposto esquema de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e crime de pirâmide financeira. Segundo as investigações, as fraudes podem gerar prejuízo a 40 mil investidores, que eram convencidos a aplicar dinheiro na moeda digital.

Agora, o recurso do MPDFT foi aceito pela 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF. Ao todo, a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) ajuizou três denúncias contra os envolvidos de participação no esquema que explorava a moeda virtual fictícia Kriptacoin para enganar investidores.

Todo o dinheiro arrecadado, tanto na venda dos bens como nos leilões, será utilizado para ressarcir as vítimas do grupo criminoso

A Operação Patrick apreendeu bens: carros de luxo, por exemplo, vão a leilão para ressarcir as vítimas do grupo criminoso por trás da Kriptacoin.

“São 16 veículos de marcas como Ferrari, BMW, Porsche, Mercedes-Benz, Audi e Land Rover. O lance mínimo varia de R$ 35 mil a R$ 750 mil. O leiloeiro judicial do Tribunal do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) anunciou os carros em um site especializado. Os leilões estão marcados para 28 de março e 2 de abril”, explica o MPDFT.

Além de carros, uma aeronave e um helicóptero também foram apreendidos na Operação Patrick, “mas não vão a leilão porque um acordo do Ministério Público com os proprietários permitiu a recuperação de R$ 1,5 milhão, referente ao pagamento parcial desses bens pelos réus. Todo o dinheiro arrecadado, tanto na venda dos bens como nos leilões, será utilizado para ressarcir as vítimas do grupo criminoso”, reafirma o MPDFT.

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