Um relatório divulgado pela Symantec-Norton na última terça-feira (20 de setembro) mostra que, a cada dia, 77 mil brasileiros são vítimas de alguma espécie de crime virtual. Ao todo, cerca de 80% dos adultos do país já sofreram os efeitos de alguma espécie de crime durante o período em que utilizavam a internet.
Os ataques representam prejuízos na ordem dos R$ 15,3 bilhões, somado aos R$ 79,5 bilhões gastos na procura de soluções para os problemas que surgem. Em 2010, somente no Brasil mais de 28 milhões de pessoas foram vítimas de algum esquema responsável por roubar dados confidenciais.
Prejuízos em escala global
Em todo o mundo, mais de 431 milhões de adultos sofreram com algum tipo de crime durante o ano de 2010, o que se traduz em cerca de 1 milhão de pessoas afetadas a cada dia. O prejuízo total causado pelos criminosos é de US$ 114 bilhões, valor que se soma aos US$ 247 bilhões gastos na solução de problemas de segurança e conserto de máquinas e redes danificadas.
O relatório divulgado pela companhia usou como base de estudo de dados obtidos em 24 países espalhados pelo mundo. Uma das conclusões obtidas é que o crime virtual gera prejuízo global de aproximadamente US$ 388 bilhões, valor que ultrapassa aquele gasto para combater a venda ilegal de narcóticos como a maconha, cocaína e heroína (US$ 288 bilhões). Ao todo, 69% dos adultos do planeta já foram vítimas de algum golpe ou roubo de informações.
Segundo a empresa, os crimes virtuais mais comuns são vírus e malwares (68%), seguidos pela invasão de perfis em redes sociais (19%) e mensagens de phising (11%). O relatório mostrou que os ataques a sites de relacionamento vêm crescendo nos últimos anos, sendo que 45% das tentativas registradas pela pesquisa ocorreram nos dois últimos anos.
Pouca proteção
Apesar de 74% das pessoas entrevistadas pela Symantec-Norton afirmarem que estão alertas às ameaças da internet, 41% admitiram que não possuem nenhum software de segurança atualizado instalado em suas máquinas. Além disso, somente 47% das pessoas conferem extratos bancários para conferir se há cobranças suspeitas, sendo que 60% admitem usar senhas de acesso simples que raramente são alteradas.
Os aparelhos mais suscetíveis a ataques são os smartphones, já que somente 16% das pessoas que possuem um dispositivo do tipo se preocupam em instalar algum programa de proteção. Segundo a pesquisa, 10% dos donos de algum aparelho do tipo foram vítimas de alguma espécie de ataque durante o ano de 2010.