Em sua divulgação anual de resultados financeiros e judiciais, a Intel revelou a seus acionistas que está enfrento 32 processos judiciais coletivos por conta das brechas de segurança conhecidas como Spectre e Meltdown, reveladas no fim do ano passado. Enquanto o Spectre atinge essencialmente qualquer aparelho eletrônico com um processador, o Meltdown é mais limitado a chips da Intel, da Apple e aos baseados em designs da ARM.
Milhares de usuários foram afetados pela falha e precisam ser devidamente indenizados
Essa segunda falha de segurança também é mais difícil de ser resolvida, e as soluções encontradas pelas empresas responsáveis até agora resultam em uma perda de desempenho considerável para os aparelhos afetados. Por conta disso, 30 dos 32 processos estão alegando que milhares de usuários foram afetados pela falha e que eles precisam ser devidamente indenizados.
Os outros dois processos alegam que a Intel teria feito comunicados públicos com informações falsas durante o período de seis meses em que a empresa esteve ciente do problema até a data em que o Spectre e o Meltdown se tornaram de conhecimento público.
Informações privilegiadas
Por fim, existem mais três processos relacionados a essas falhas de segurança abertos por acionistas da fabricante de chips. Eles alegam que o CEO da Intel, Brian Krzanich, teria vendido internamente o máximo de ações permitido pelas regras da empresa antes de as duas brechas terem se tornando públicas. Nesse caso, Krzanich está sendo acusado de se beneficiar de informações privilegiadas para influenciar o comércio de ações da companhia.
Não temos informações mais detalhadas sobre o andamento de nenhum desses processos. Portanto, não há como saber se algum deles tem potencial para de fato gerar grandes multas para a Intel a ponto de prejudicar seus resultados financeiros dos próximos trimestres fiscais.
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