Cibercrimes no Brasil, em boa parte, são cometidos por parentes e amigos

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Um estudo realizado pela Microsoft mostra que 30% das agressões digitais registradas no Brasil envolvem parentes, amigos ou conhecidos das vítimas. Ou seja: o contato indesejado — envolve assédio, mensagens sexuais indesejadas, cyberbullying e misoginia — está bem mais próximo do que se imagina.

Entre as mulheres entrevistadas, 65% relataram algum tipo de abuso, em paralelo a 58% dos homens. Segundo o levantamento da Microsoft, os adultos foram os mais afetados por esses casos, relatados por 66% dos entrevistados. Entre os jovens, o índice é de 58%.

As mulheres são 10% mais propensas a perder a confiança em pessoas no ambiente offline em comparação aos homens

O estudo analisou os comportamentos de risco online em 23 países. Foram entrevistadas 11.600 pessoas, entre jovens de 13 a 17 anos e adultos de 18 a 74 anos, que responderam perguntas sobre 23 tipos de risco online. Em cada país, ao menos 500 pessoas participaram, sendo 250 de cada grupo.

Como resultado, o Brasil ficou na 13ª posição no que diz respeito à exposição a riscos digitais, com um ICD (Índice de Cidadania Digital) de 71%. Um dos pontos que mais chamaram a atenção nesta edição foi o fato de que em 30% dos casos ocorridos no Brasil, as vítimas de crimes cibernéticos tinham contato pessoal com o responsável, contra 36% no mundo, e 57% das pessoas conheciam o algoz de alguma maneira, presencial ou virtualmente.

De acordo com os resultados, os maiores riscos online para os brasileiros são

  • Contatos indesejados (51%)
  • Solicitações sexuais (23%)
  • Fraudes (21%)
  • Recebimento de mensagens sexuais indesejadas (21%)
  • Assédio online (não sexual) (20%)

A pesquisa também tentou descobrir o que acontece com as vítimas após os contatos indesejados. Segundo o levantamento, as mulheres são 10% mais propensas a perder a confiança em pessoas no ambiente offline em comparação aos homens. Dos jovens, 39% enfrentaram depressão após casos de assédio digital, enquanto 59% perderam a confiança nas pessoas no ambiente off-line.

"A conscientização digital foi maior entre as mulheres – 88% das entrevistadas afirmaram refletir antes de responder a conversas das quais discordam, em comparação a 63% dos homens", diz a Microsoft. "Na pesquisa, o maior índice de civilidade digital ocorreu entre os usuários de 50 a 74 anos – por exemplo, 92% afirmam tratar pessoas com respeito no ambiente online".

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