Talvez a informação tenha passado longe do seu radar, mas recentemente o Reino Unido anunciou que uma de suas mais caras produções está pronta para operar: o navio de guerra HMS Queen Elizabeth. Ele foi cotado em 3,5 bilhões de libras esterlinas (o equivalente a R$ 15 bilhões) e traz todo tipo de tecnologia de ponta, menos o sistema operacional.
Segundo informações que estão correndo a rede, o navio em questão está equipado com o Windows XP (sim, aquele sistema que era popular até o início dos anos 2000 e que não conta mais com suporte oficial da Microsoft). Entretanto, o órgão de defesa britânico confirma que, mesmo com esse sistema, a embarcação está “segura da maneira apropriada”.
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“Não é o sistema propriamente dito, claro, que é vulnerável, mas toda a segurança que está ao redor dele. Quero garantir mais uma vez que a segurança que cerca os sistemas computacionais do Queen Elizabeth está protegida e não possui nenhum tipo de vulnerabilidade nesse quesito em específico”, explicou Michael Fallon, secretário de segurança, em entrevista a um programa da rádio BBC.
Será que não valeria a pena investir um pouco mais para atualizar o sistema operacional do navio?
Ainda que alguns defendam o uso do Windows antigo, outros se mostram contra. Um deles é Alan Woodward, professor de computação da University of Surrey, que diz que é arriscado colocar um sistema obsoleto em uma embarcação que vai durar décadas. De fato, a escolha parecia mais segura em 2004, quando o projeto para o navio foi feito, mas alguns comandantes responsáveis pelo Queen Elizabeth afirmaram que haverá especialistas em segurança cibernética a bordo para protegê-lo caso seja necessário.
A escolha parecia mais segura em 2004, quando o projeto para o navio foi feito
Escolha recorrente?
Vale lembrar que essa não é a primeira notícia vinda das terras da rainha referente ao Windows XP. Ainda nesta semana, publicamos aqui no TecMundo a informação que a polícia de Londres ainda tem 18 mil computadores com o Windows XP instalado, cenário que aparentemente deve mudar em um futuro próximo.
Aliás, parece que órgãos públicos não são os únicos a ainda adotar o obsoleto sistema operacional, tendo em vista que algumas empresas também optaram por manter o Windows XP em suas máquinas.
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