A Fiat Chrysler anunciou nesta sexta-feira (10) que um defeito ligado em airbags ligado a 13 mortes ao redor do mundo afeta 7.896 veículos que circulam no Brasil. Junto à revelação, a companhia notificou 2.412 proprietários do Chrysler 300 (modelos 2006 a 2012), 1.029 donos do Jeep Wrangler (2007 a 2012) e 4.455 donos da picape Ram (2004 a 2009) para fazer a reposição da peça.
Os “airbags mortais” fazem parte do maior recall da história, envolvendo um número próximo a 50 milhões de veículos espalhados por todo o mundo. Uma falha no dispositivo, produzido pela empresa japonesa Takata, faz com que, ao ser aberto, o airbag dispare partes metálicas contra os ocupantes — o que pode resultar em ferimentos graves.
Em maio deste ano, a companhia anunciou um recall de 40 milhões de veículos com foco no airbag do passageiro — inicialmente, a companhia se concentrou no mecanismo oferecido ao motorista. A Fiat Chrysler não oferece uma solução definitiva para o problema, que deve ser oferecida em uma segunda fase de sua campanha de recall assim que “a solução técnica esteja disponível”.
Uma reportagem do New York Times sugere que a Takata sabia dos problemas já em 2004 e, na época, conduziu em segredo testes para verificá-los. Em vez de avisar às autoridades responsáveis, executivos da empresa ordenaram que seus engenheiros destruíssem os dados relacionados e prosseguissem com seus trabalhos — situação que aconteceu quatro anos antes de ela reconhecer publicamente o problema.