Todos os novos malwares (softwares maliciosos) que estão sendo escritos para dispositivos móveis têm o Android como alvo, aponta o relatório do terceiro trimestre de 2011 liberado pela McAfee. De acordo com o texto, mesmo que na história o Symbian ainda possua mais ameaças, o Android é o que teve o maior crescimento: “Na verdade, neste quarto, o Android foi o único alvo para o qual se escreve malwares”, diz o relatório.
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De acordo com as informações da empresa de segurança, o Android viu um aumento de 37% no número de ameaças nos últimos 3 meses. Contudo, não há conhecimento de nenhum vírus para o sistema que realmente possa prejudicá-lo, mas sim alguns trojans que fazem com que o aparelho execute funções indesejadas, como enviar SMS para números desconhecidos.
Gráfico que indica o número de malwares conhecidos no Android. (Fonte da imagem: Relatório McAfee)
Para aumentar a segurança, é sempre recomendável que os usuários do Android efetuem o download dos aplicativos a partir de fontes conhecidas, como o próprio Android Market ou pelo Baixaki.
A porcentagem pode não contar toda a verdade
Quando nos deparamos com o valor em porcentagem, o índice pode assustar. Mas na prática, a situação ainda não é assim tão alarmante. O mesmo gráfico acima indica que o número de ameaças subiu de 60 para 82 conhecidas (menos assustador do que falar em um aumento de 37%, correto?).
Além disso, mesmo que a McAfee tenha anunciado o aumento na sua previsão de malwares conhecidos até o final do ano, de 70 para 75 milhões, mais de 95% deles atacam somente uma plataforma, o Windows.
Atualmente há mais de 70 milhões de malwares conhecidos. (Fonte da imagem: Relatório McAfee)
Além disso, o engenheiro da Google, Chris DiBona, afirmou que tais informações são divulgadas por “charlatões e golpistas” que possuem como único objetivo o aumento nas vendas de aplicativos antivírus. E complementa: “Nenhum desktop com Linux possui um problema real com vírus. Há algumas pequenas coisas – se referindo a trojans e software maliciosos – mas que nunca foram longe devido aos modelos de proteção do Linux”.