O presidente da Samsung, Lee Kun-hee, é um homem extremamente respeitado e poderoso na Coreia do Sul — e isso ninguém pode negar. Mais que isso, algumas atitudes do chairman descobertas pela Bloomberg envolvendo ele e os próprios funcionários são dignas de um ditador ou do "poderoso chefão".
Para começar, os funcionários de cargos menos elevados precisam estacionar os carros em uma garagem separada, que fica nos fundos da vaga destinada a Kun-hee. Além disso, pastilhas de menta estão em todos os banheiros e devem ser ingeridas para evitar mau hálito, enquanto guardas e um tapete vermelho aguardam a chegada do presidente, que sai de uma limousine verde.
Mas o ato mais rigoroso é que ninguém — absolutamente ninguém — deve encará-lo do outro lado de janelas ou olhar para ele de uma altura maior, como em uma escada ou de um andar superior. Ou seja, Kun-hee precisa estar sempre no mesmo nível ou no topo de seus empregados.
O sucessor do império
Esse status de divindade, entretanto, está ameaçado: desde que sofreu um ataque cardíaco em maio deste ano, o presidente permanece no hospital. A função de chefia ficou com o filho, Lee Jae Yong, que tem uma cara mais simpática, aparece menos publicamente e não impõe tanto respeito — só o suficiente para gerenciar a gigante.
O "Lee filho" exibe um sorriso que não é visto no pai
Ainda há certa desconfiança sobre a capacidade de liderança de Yong, mas ele é respeitado tanto no Vale do Silício quanto na Coreia do Sul, além de ser tido como o responsável por fechar o acordo com a Apple para colocar chips Samsung em gadgets da rival, o que é visto como um grande negócio. Será ele um bom sucessor dos "Corleones sul-coreanos"?
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