Conseguindo emplacar uma bela sequência de lançamentos de sucesso no segmento mobile – depois de dar algumas escorregadas nos períodos anteriores –, a Samsung tem motivos de sobra para comemorar neste primeiro semestre de 2016. Isso porque a empresa finalmente conseguiu desbancar uma de suas principais rivais quando o assunto são celulares. Sim, a sul-coreana tomou a coroa da Apple nos EUA, anotando nada menos do que uma fatia de 28,8% de participação no mercado de smartphones de lá.
Calma, também não é como se a companhia capitaneada por Tim Cook tivesse despencado de uma hora para a outra, já que ela ainda mantém uma participação significativa de 23% do segmento – seguida pela LG, com 17,1%. O fato é que a dupla Galaxy S7 e Galaxy S7 edge parece ter caído no gosto dos consumidores, a ponto de vender cerca de 30% mais do que os seus antecessores diretos durante seu mês de estreia.
O Galaxy S7 parece ter ajudado a colocar a Samsung nos eixos
Segundo Jeff Fieldhack, diretor de pesquisa da Counterpoint Research, um dos fatores que provavelmente contribuíram bastante para essa guinada na curva de vendas dos novos flagships da Samsung foi a escolha da companhia em realocar o lançamento dele para março. A mudança faz sentido, já que a dupla de aparelhos S7 acabou servindo como uma ferramenta importante para os lojistas norte-americanos, que puderam se apoiar nos dispositivos para alavancar o comércio em um primeiro trimestre, que, tradicionalmente, é bem fraco.
Outro ponto importante para que o cenário se alterasse em favor dos sul-coreanos nos EUA é exatamente a relação entre os aparelhos de ponta deles e os da Apple. Na geração anterior, por exemplo, o Galaxy S6 e o Galaxy S6 edge sofreram para encarar a linha iPhone 6 – que trouxe um kit com hardware superior e design renovado. Desta vez, foi o contrário, já que o iPhone 6s e o 6s Plus não incluíram avanços suficientes – pelo menos aos olhos do público – e permitiram que os produtos da concorrente abocanhassem uma fatia maior do bolo.
Comendo pelas beiradas
Esse espaço deixado pela Empresa da Maçã, aliás, também pode ter dado um novo fôlego a outra fabricante da Coreia do Sul. Aparentemente, as vendas do LG G5 se saíram melhor do que o esperado, mas ainda não há dados concretos sobre o que isso representou para o período fiscal da companhia. Assim, vai ser preciso aguardar um pouco para entender exatamente como a introdução do smartphone modular afetou os negócios da LG, já que seu próximo relatório fiscal só ocorre no final de junho.
Será que a vantagem da Samsung sobre a Apple nos EUA se mantém nas próximas gerações de celulares? Comente no Fórum do TecMundo!
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