Com o lançamento do Galaxy Note 7 realizado hoje pela Samsung em seu evento em Nova York, os rumores de que o aparelho da coreana chegaria ao mercado com um leitor de íris foram confirmados. Não apenas isso; quem já teve a oportunidade de testar o recurso no dito evento confirmou que ele funciona muito bem e muito rápido. Dessa forma, a fabricante dobra o nível de segurança do usuário, considerando que o leitor de digitais continua firme e forte.
Apesar de tecnicamente ser mais seguro que um sensor de impressões digitais no que tange a biometria, o leitor de íris não é infalível. É possível sim burlar essa segurança, mas é necessário lidar com técnicas muito avançadas para replicar a complexidade randômica da íris humana. As impressões digitais, por sua vez, podem ser deixadas em qualquer lugar que a pessoa passa, já que as mãos são o nosso meio de contato mais importante com o mundo.
É necessário lidar com técnicas muito avançadas para replicar a complexidade randômica da íris humana
Mais grave do que isso é a possibilidade de copiar uma digital apenas usando uma foto em que uma pessoa mostra os dedos. É preciso ter resolução suficiente para isso na imagem, mas o método já foi demonstrado para desbloquear smartphones e realmente funciona, e nem é preciso usar equipamentos muito avançados para tal.
Mesmo com essas óbvias vantagens, a Samsung não está apostando todas as suas fichas no leitor de íris. A biometria primária do Note 7 continua sendo o leitor de digitais, e o de íris fica como uma segurança extra e mais prática em algumas situações. Dado o posicionamento no fundo da tela do sensor de dedos, é provável que o de olhos acabe sendo usando mais frequentemente, entretanto.
Você que escolhe
A Samsung comentou durante seu evento que o usuário poderá escolher ser identificado pelos olhos ou pelas digitais em várias situações, como na hora de desbloquear a tela ou pagar alguma coisa com o Samsung Pay. Há ainda a “central de segurança” Samsung Knox e a possibilidade de travar pastas com documentos importantes usando a íris.
Smartphones como os Lumias 950 e 950 XL, além de alguns notebooks com Windows 10, já possuem a tecnologia, mas parece que ficou a cargo da Samsung popularizar esse novo formato de biometria em aparelhos móveis. Isso porque nenhuma outra marca parece estar trabalhando nisso de forma tão avançada quanto estava a coreana, e a Microsoft parece estar começando a abandonar seu negócio mobile.
Infelizmente, o Note 7 será bem caro, tendo preço de lançamento ajustado em R$ 4,3 mil no lançamento. Apesar de ele vir com um novo Gear VR e um Gear IconX (comprando na pré-venda), ainda é muito a se pagar pelo dobro de segurança biométrica, mesmo sendo o smartphone aparentemente excelente. Quando analisarmos o Note 7, traremos conclusões mais detalhadas a esse respeito. Fique ligado.
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