Lançado no finalzinho de 2015, o Galaxy J7 veio para ocupar um espaço bem apertado entre os top de linha e os intermediários. A segunda geração, lançada recentemente, tenta subir mais um degrau trazendo um corpo que é feito parcialmente de metal. A nova orientação refletiu no nome, que agora é Galaxy J7 Metal – e não Galaxy J7 2016, como era esperado –, mas não oferece muito mais do que isso, infelizmente.
O aparelho mantém muitas das características de seu antecessor e oferece uma experiência bastante semelhante, que praticamente não justifica uma nova geração. Contudo, o Galaxy J7 Metal ainda possui diversos pontos positivos, como uma tela de alta qualidade (apesar da resolução HD), interface bem otimizada e um desempenho capaz de rodar a maioria dos aplicativos disponíveis na Google Play.
Confira agora o que achamos do novo Galaxy J7 Metal!
O smartphone Samsung Galaxy J7 Metal foi gentilmente cedido por empréstimo pela Samsung para a realização desta análise.
Especificações técnicas
- Sistema operacional: Android 6.0.1 (Marshmallow)
- Tela: Super AMOLED 5,5 polegadas
- Resolução de tela: 1280x720 pixels (HD)
- Densidade de pixels: 267 ppi
- Chipset: SAMSUNG Exynos 7 Octa 7870 Cortex-A53
- CPU: Octa-core de 1,6 GHz
- Memória RAM: 2 GB
- Armazenamento interno: 16 GB
- Armazenamento externo: cartão micro SD de até 128 GB
- Câmera traseira: 13 MP
- Câmera frontal: 5 MP
- Bateria: 3.300 mAh
- Conectividade: WiFi 802.11b/g/n, Bluetooth 4.1, NFC, micro USB 2.0 e GPS (A-GPS/GLONASS)
- Sensores: acelerômetro e proximidade
- Altura: 151,7 mm
- Largura: 76 mm
- Espessura: 7,8 mm
- Peso: 169 gramas
- Preço de lançamento: R$ 1.599
Design
A principal mudança entre as duas versões é na construção. O J7 Metal possui uma borda metálica, mas mantém a tampa traseira em plástico. A decisão não foi a mais inteligente se o objetivo era elevar o dispositivo a outro patamar, mas provavelmente foi necessária para manter o custo baixo e a bateria ainda acessível.
O visual é essencialmente o mesmo de seu antecessor, mas oferece uma pegada muito melhor. Apesar disso, entristece ver que o J7 Metal não traz uma característica que o identifique entre os diversos aparelhos da marca.
Diferente do que acontece com a linha S ou Note, os dispositivos da série J parecem genéricos demais, mesmo com a nova postura utilizando material metálico. Nessa nova geração, a Samsung poderia ter apostado em algo novo, algo que mudasse a cara dos aparelhos da linha. É, não foi dessa vez.
Tela
O display do Galaxy J7 Metal manteve as mesmas especificações de seu antecessor. A qualidade é boa, especialmente por conta da tecnologia Super AMOLED. Como resultado, temos um preto verdadeiramente preto e cores bem definidas, com a possibilidade de escolhermos alguns modos de exibição.
Mas como estamos falando da segunda geração, esperávamos pelo menos um upgrade na resolução, que poderia muito bem ter entregue a proporção Full HD sem grandes prejuízos. Os níveis de brilho se mostraram bem competentes, mas sentimos falta de uma opção de ajuste automático de intensidade. No lugar dessa opção, temos um atalho prático que aumenta instantaneamente o brilho para situações de luminosidade muito alta.
Interface
A Samsung tem conseguido amenizar a má reputação do TouchWiz nos últimos lançamentos. O Galaxy J7 Metal surfa nessa onda e traz uma interface que não lembra aquele sistema lento e carregado que conhecíamos de anos atrás.
O novo TouchWiz traz uma nova barra de notificação, um menu mais organizado e ainda mais fluidez. Porém, não dá para dizer que o aparelho vai receber atualizações de sistema por muito tempo, um mau que afeta a maioria dos smartphones da Samsung.
Desempenho
Outro ponto em que praticamente não houve alterações é a performance. A mudança sutil no hardware não foi o suficiente para fazer o aparelho subir de nível. Mesmo com meio gigabyte a mais de RAM e um novo chipset, o J7 Metal ainda apresenta o mesmo desempenho na prática de seu antecessor.
É verdade que o aparelho é capaz de executar com tranquilidade a maioria dos jogos e roda tudo com bastante fluidez. Quanto a isso, não há do que reclamar. Mas a pergunta é: até quando?
Ao não oferecer uma evolução mais consistente, a Samsung cria mais um dispositivo que corre o risco de não aguentar pelos próximos dois ou três anos com o mesmo desempenho. Na parte de armazenamento, tudo ok. O J7 Metal possui 16 GB de memória interna e suporte a cartão micro SD.
Benchmarks
Câmeras
O J7 e o J5 chegaram trazendo o flash frontal como um dos destaques. Essa é uma adição interessante para os amantes de selfies, que não têm desculpas para não capturar imagens no escuro. Falando agora da qualidade, ficamos satisfeitos com os registros feitos com as duas câmeras.
O sensor principal do J7 Metal é o mesmo de seu antecessor, capaz de fazer fotos bem definidas e com cores fiéis em boas condições de iluminação. Imagens em ambientes escuros sofrem com uma compensação excessiva, mas o resultado é aceitável para um aparelho dessa categoria.
A câmera frontal se destaca por conta dos ajustes de embelezamento e apresenta resultados sensivelmente melhores do que os de seu antecessor. O Galaxy J7 Metal também consegue gravar em Full HD a 30 quadros por segundo.
Bateria
O J7 Metal teve um leve updrage de bateria com relação ao seu antecessor. Porém, isso não foi o suficiente para causar um grande impacto na autonomia. Sob uso moderado, o smartphone ainda é capaz de aguentar mais de 24 horas sem precisar de uma recarga.
Em nosso teste de estresse, o J7 Metal durou pouco mais de 6 horas de streaming contínuo de conteúdo. O carregador que acompanha o conjunto leva cerca de 2 horas para levar a carga de 0 a 100%.
Áudio
A experiência sonora de quase todos os smartphones é bastante pífia. O J7 Metal infelizmente não foge disso. O aparelho oferece uma potência sonora agradável apenas para quem quer curtir um som sem compromisso e não se importa com distorções ou um volume baixo. O fone de ouvido que acompanha o conjunto é bastante simples e provavelmente vai ser deixado de lado rapidamente.
Vale a pena?
A estratégia da Samsung no mercado de entrada e intermediário sempre foi bastante clara: inundar o segmento com várias opções, tentando abraçar uma grande quantidade de público. Embora a Samsung tenha tentado dar um trato premium para o J7 Metal, a impressão que temos é que o aparelho ainda carrega esse estigma da fabricante.
É verdade que a estratégia dá resultados positivos para a empresa, mas não cria uma boa impressão para a marca. Sim, estamos diante de um bom smartphone, com um design elogiável e câmeras de qualidade. Mas não é o suficiente para gerar o mesmo impacto das linha S, Note e até dos modelos mais recentes da linha Galaxy A.
Como smartphone intermediário, o J7 Metal bate de frente contra os principais concorrentes e se apresenta como uma boa opção por causa do preço competitivo. Porém, como aparelho premium, ainda é preciso melhorar em vários aspectos.
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E você, o que achou do mais novo smartphone da Samsung que fica ali no meio de campo entre um top de linha e um intermediário? Acha que essa estratégia da Samsung vai dar certo? Conta para a gente aqui no campo dos comentário!
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