(Fonte da imagem: Reprodução/Carnegie Mellon)
O professor de robótica da Universidade de Carnegie Mellon, Howie Choset, já se tornou conhecido por desenvolver protótipos de robôs em formato de cobras que podiam explorar áreas inabitadas por seres humanos – como usinas nucleares abandonadas.
Atualmente, o foco do professor mudou bastante e ele adaptou os seus robôs-serpentes para explorarem um outro espaço (e muito menor e mais delicado): o corpo humano.
Isso mesmo, o nome do modelo protótipo é Flex System e é caracterizado por ser robô cirúrgico, criado em conjunto com os desenvolvedores especialistas da Medrobotics Corp, que pode descer deslizando pela sua boca. Assim como o robô original, o novo protótipo medicinal é composto por diversos segmentos que estão conectados, sempre seguindo o movimento das peças que estão em frente.
(Fonte da imagem: Reprodução/Carnegie Mellon)
Na cabeça desse robô endoscópico está localizada uma pequena câmera em HD e luzes LED, além de dois tipos de pinças que podem auxiliar nos procedimentos cirúrgicos. O dispositivo também pode receber outras ferramentas cirúrgicas, que podem se encaixar no topo do robô-serpente sem problemas. Todos os movimentos são guiados externamente por um tipo de joystick; o médico só deve se atentar às imagens capturas pela câmera.
Inicialmente, o equipamento foi projetado para realizar operações no coração, porém atualmente os modelos estão sendo adaptados para outros tipos de cirurgias, que envolvem o pescoço e a cabeça do paciente. O procedimento é tido como minimamente invasivo, já que cortes não são realizados nos pacientes para realização das operações – o que oferece um pós-operatório mais tranquilo, dependendo do problema do paciente. Segundo os especialistas, o robô-serpente é capaz de "acessar e visualizar alvos cirúrgicos em áreas de difícil localização, eliminando incisões externas".
Por enquanto, o Flex System está sendo comercializado exclusivamente em alguns países do mercado europeu, com previsão de lançamento em outros mercados se for bem aceito. Curiosamente, os robôs originais em formato de cobras foram imaginados para se mover por encanamentos e realizar missões de exploração ou de resgate em áreas de difícil acesso.
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