(Fonte da imagem: Physorg)
Uma equipe de cientistas da Universidade de Michigan, liderada por Ethem Aktakka, desenvolveu um método que usa o movimento das asas de insetos como forma de produzir energia. A novidade pode ser útil no desenvolvimento de ciborgues-espiões com tempo de vida muito maior do que o oferecido pelas tecnologias atuais.
A criação de robôs com dimensões minúsculas foi durante muito tempo o sonho de militares e engenheiros. Porém, dificuldades em criar um equipamento minúsculo capaz de voar e andar fez com que as pesquisas do campo passassem a considerar o uso de insetos reais, modificados com peças robóticas de forma a permitir controlá-los remotamente.
Movimentos que geram energia
Os métodos usados até o momento pelos pesquisadores envolvem baterias que garantem a alimentação dos componentes usados, o que aumenta o peso total do equipamento e limita muito a movimentação dos insetos. Tal limitação é solucionada pela tecnologia desenvolvida por Aktakka e sua equipe, que usa materiais piezoelétricos colocados nas costas de besouros para gerar energia.
(Fonte da imagem: Physorg)
Materiais piezoelétricos geram energia quando deformados ou dobrados, processo que ocorre conforme o animal bate suas asas. Os pesquisadores testaram dois protótipos com a tecnologia, um no formato de barras (que gerou 7,5 microwatts de energia) e outro construído como uma cruz, responsável por gerar entre 18 a 22,5 microwatts, suficiente para acionar aparelhos eletrônicos pequenos com características simples.
A expectativa dos pesquisadores é a de que a tecnologia pode ser aprimorada ao se estabelecer uma conexão direta entre o gerador e os músculos responsáveis pela movimentação das asas dos besouros. O uso de insetos cibernéticos pode ser feito tanto em operações que envolvem espionagem quanto no monitoramento de ambientes perigosos e também na detecção de explosivos ou em operações de resgates em locais remotos.
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