Com a evolução cada vez mais acelerada da tecnologia no campo da robótica, não é de se estranhar que tanta gente esteja preocupada com a possibilidade de os robôs “roubarem” os seus trabalhos – sejam tarefas braçais, criativas ou intelectuais. O que muitos não levam em consideração, no entanto, é que há um outro lado da mesma moeda: esses equipamentos também podem assumir papéis que as pessoas de carne e osso não têm mais interesse.
Esse parece ser o caso da recente onda de robôs de segurança que invadiu Singapura. Fabricados por uma empresa norte-americana sediada em São Francisco e feitos sob medida para o clima quente e úmido do país asiático, esses vigilantes eletrônicos não são exatamente RoboCops, mas suprem com uma boa vantagem a lacuna deixada pelos singapurenses na categoria – já que cada vez menos deles se interessam por esse tipo de serviço.
Amigável ou assustador? Você decide!
Com cerca de 1,6 metro de altura, 160 quilos, base apoiada em quatro rodas e um “pescoço” que mais se parece com o clássico periscópio dos submarinos, o robô chamado apenas de S5 consegue dar um baile nas suas contrapartes humanas na hora de patrulhar um terreno. Para começar, as cinco câmeras acopladas ao aparelho dão uma visão 360 graus do ambiente, conseguindo registrar placas de automóveis e detectar qualquer ação suspeita a até 10 metros de distância.
O S5 é mais barato e eficiente que funcionários convencionais
Sons altos nas proximidades ou indícios de incêndio também são detectados pelos sensores do equipamento, que emite um alerta à central para avisar de episódios como esses. Para finalizar, o produto sendo alugado pela Ademco – uma empresa local de segurança – em Singapura é mais barato e eficiente que funcionários convencionais. O custo mensal de operação do S5, por exemplo, é cerca de US$ 356 (R$ 1,1 mil) menor do que de dois seguranças tradicionais.
O S5 consegue ter uma visão 360 graus do local
Em relação ao desempenho, Toby Koh, diretor-geral da Ademco, disse à Channel NewsAsia que “as limitações dos seres humanos” também acabam validando a troca. Com turnos de 12 horas, os seguranças singapurenses conseguem patrulhar a mesma área até oito vezes por dia, mas sua habilidade de concentração e de detectar ações suspeitas acaba caindo com o passar do tempo. Os robôs, por outro lado, não se cansam e só precisam de uma pequena pausa para recarregar as baterias. E aí, você está pronto para essa nova realidade?
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