Não foi desta vez que a Renault resolveu prolongar a vida de seu EOLAB, mas a montadora não passou batido pelo segmento dos compactos elétricos. A bola da vez foi o lançamento da nova versão do pequeno Zoe, que se estabelece como um grande concorrente do Chevrolet Bolt e também um grande aliado do já existente Nissan Leaf.
O número mais importante relacionado ao modelo é, sem dúvida alguma, sua autonomia: a Renault fala em 400 quilômetros por recarga. Se o número não parece muito – para se ter uma ideia, o conceito I.D. da Volkswagen está mirando na marca dos 600 km e o SUV da Mercedes promete 500 km por recarga –, vale apontar que ele será o primeiro elétrico de baixo custo disponibilizado no mercado capaz de atingir essa distância, já que as vendas da nova versão começaram no dia primeiro deste mês.
A nova capacidade foi alcançada graças ao trabalho conjunto com a LG Chem, divisão de engenharia química do grupo sul-coreano e que fornece baterias para a Renault e também para a General Motors.
O curioso é que um modelo que vai se beneficiar bastante com lançamento do Zoe e com sua bateria melhorada é o Nissan Leaf, que faz parte do mesmo grupo e, portanto, vai compartilhar dos mesmos avanços do seu irmão francês.
Um truque bacana do Renault Zoe é sua recarga rápida, que pode ser feita sem a necessidade de um inversor de energia auxiliar. O recarregamento é feito utilizando o mesmo inversor que transforma a corrente DC da bateria para AC no motor elétrico, só que fazendo ele “rodar ao contrário”. Isso significa que ele aguenta até 43 kW, o dobro da média comum de outros veículos na Europa. A função, no entanto, só está disponível em pontos públicos de recarga.
O preço do modelo lá fora é de € 23,6 mil, o que dá algo em torno de R$ 85,2 mil por aqui. Certamente é muita grana, mas, ainda assim, é um valor aceitável para um carro elétrico com esse nível de autonomia – o Chevrolet Bolt, quando foi anunciado, teve seu preço estipulado em cerca de US$ 30 mil.
O fato de ele não ter qualquer previsão de chegar ao Brasil também não deve ser uma surpresa, certo?
Fontes