A Meta, empresa responsável pelas redes sociais Facebook e Instagram, encerrou as restrições nos perfis de Donald Trump. Ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato ao cargo novamente, o político e empresário estava com as contas "sob supervisão" da companhia.
A partir da última sexta-feira (12), Trump já pode publicar em ambas as plataformas usando o seu perfil principal sem preocupações com o conteúdo veiculado. Até então, publicações que ferissem as políticas das redes sociais seriam deletadas e o político receberia uma suspensão.
O motivo da flexibilização é a cada vez mais provável confirmação de que Trump será o candidato do partido Republicano nas eleições presidenciais do país, que acontecem em novembro.
Como ele iniciará oficialmente a campanha na próxima quinta-feira (18), quando se encerra a Convenção Nacional do partido, a Meta entende que ele se torna novamente uma figura de importância pública e que deve ter visibilidade.
A conta de Trump no Facebook.Fonte: Facebook
"Ao avaliar a nossa responsabilidade de permitir a expressão política, acreditamos que o povo americano deveria poder ouvir os candidatos à presidência igualmente. Como resultado, o ex-presidente Trump, como candidato do Partido Republicano, não estará mais sujeito às penas agravadas de suspensão", diz a nota da Meta.
A alteração no status do perfil foi confirmada antes do atentado sofrido pelo candidato no último sábado (13), durante um comício. Já a votação contra o candidato do partido Democrata, que tem como favorito o atual presidente, Joe Biden, acontece em 5 de novembro.
Relembre a punição contra Trump
Donald Trump foi banido das principais redes sociais do mercado no começo de 2021 — os perfis de Facebook, Instagram, X (então chamado de Twitter) e YouTube foram suspensos ou apagados na época.
Ele foi acusado de participação direta nos eventos que levaram à invasão do Capitólio por apoiadores do ex-presidente em 6 de janeiro daquele ano. O empresário teria propagado postagens que incitavam a violência e colocavam em dúvida o resultado das eleições no país.
Trump foi acusado de ajudar a provocar os incidentes no Capitólio, inclusive pelas redes sociais.Fonte: GettyImages
Segundo a Meta, as sanções foram "uma resposta a circunstâncias extremas e extraordinárias". Ela reativou o perfil de Trump em 2023 após decisão do Conselho de Supervisão independente, mas manteve a supervisão. Já o X devolveu o acesso ainda no fim de 2022, já sob a gestão de Elon Musk.
Trump ameaçou processar as empresas de tecnologia sob a justificativa de liberdade de expressão, mas não levou o caso adiante. No lugar, ele lançou a própria rede social, chamada de Truth, voltada apenas para seus apoiadores.
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