O Twitter foi palco de mais uma polêmica envolvendo a gestão do atual dono e CEO da rede social, Elon Musk. Desta vez, a briga é contra a plataforma Substack.
Mais famosa por newsletters, a Substack apresentou recentemente um recurso de postagem de textos curtos chamada Notes, que foi rapidamente comparada ao próprio Twitter. Enquanto a solução de postagens curtas em texto ainda não foi lançada, a revelação do recurso já rendeu uma treta com o passarinho azul.
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Como a empresa de Musk respondeu ao novo concorrente? Segundo vários relatos, o Twitter começou a bloquear interações envolvendo a palavra "Substack". Isso significa que não é mais possível dar retweet ou curtir publicações com esse termo e nem sequer achá-lo na busca — se você reproduzir esse processo, verá que as pesquisas redirecionam o usuário para usos genéricos do termo "newsletter".
Além disso, links com o domínio da plataforma foram classificados como perigosos e nocivos, o que está reduzindo o alcance das publicações dentro do Twitter.
Treta de CEOs
Após as primeiras denúncias da supressão do Substack no Twitter, Elon Musk respondeu com algumas falas pesadas, mas sem apresentar provas. O CEO disse que links nunca foram bloqueados e que o Substack estava "tentando baixar uma porção massiva da base de dados do Twitter para turbinar o próprio clone".
Além disso, ele acusou o jornalista que fez as acusações, Matt Taibbi, de ser ou ter sido um funcionário do Substack. Vale lembrar que, no final do ano passado, o próprio Musk confirmou que chegou a cogitar a aquisição da empresa.
1. Substack links were never blocked. Matt’s statement is false.
— Elon Musk (@elonmusk) April 8, 2023
2. Substack was trying to download a massive portion of the Twitter database to bootstrap their Twitter clone, so their IP address is obviously untrusted.
3. Turns out Matt is/was an employee of Substack.
No mesmo dia, o CEO do próprio Substack, Chris Best, foi a público dizer todas as afirmações de Musk são mentiras — começando com a questão dos links suprimidos e das pesquisas, algo notado por vários usuários externos.
Além disso, ele confirmou que a plataforma sempre usou a API do Twitter de acordo com as regras e até pediu mais explicações sobre qual seria a atual reclamação, sem receber resposta.
A resposta do CEO do Substack.Fonte: Substack
Por fim, ele negou que Taibbi seja um funcionário da empresa. Na verdade, ele é um autor cadastrado no Substack como escritor e dono de uma newsletter, o que significa que ele é pago apenas pelos leitores assinantes.
"Isso é muito frustrante. Uma coisa é mexer com o Substack, mas outra totalmente diferente é tratar os escritores dessa forma", escreveu o CEO.
As contestações ao tweet de Musk aparecem na própria postagem do CEO.Fonte: Twitter
Por fim, no tweet de Musk, um recurso da própria rede social foi usado para contestar as informações do CEO e adicionar contexto à postagem, contendo links e provas que desmentem as afirmações.
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