Nesta quarta-feira (28), a Polícia Civil confirmou o início da investigação no projeto "Alimentando Necessidades", criado por Maria Eduarda Poleza Rosa, de 19 anos. A iniciativa chamou atenção nas redes sociais, em especial ao Twitter, por levantar suspeitas de golpe sob o pretexto de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade com refeições prontas — ou "marmitas", originando o nome #MarmitaGate, em referência ao escândalo político Watergate.
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Segundo os usuários, Poleza solicitava doações em PIX nas redes sociais, mas as desviava para benefício próprio. O suposto golpe ainda contaria com artifícios elaborados, incluindo a manipulação de imagens e a criação de uma parceira fictícia de negócios — "Taynara". Para completar, a "dupla" utilizava a repercussão de postagens narrativas no Twitter para comover possíveis doadores.
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Confira uma das supostas manipulações de imagem:
A cereja do bolo vem aqui: até mesmo as marmitas eram montagem. Nas redes, o exato mesmo prato, com a mesma montagem e as mesmas cores, aparecia sendo entregue em dias e lugares diferentes.
— Ygor Palopoli (@ygorpalopoli) September 28, 2022
Mas nada é mais maravilhoso do que a CEBOLINHA EM PNG PRA MUDAR.https://t.co/n7TX0otiuB
A repercussão do caso foi tão grande que os tópicos de conversa envolvendo o "MarmitaGate" ficaram em alta durante o início da semana no Twitter. As pesquisas sobre o caso também dispararam no Google, com termos como "Marmitagate" e "Alimentando Necessidades" alcançando picos de interesse do público.
Início das investigações
O delegado responsável pelo caso, Felipe Orsi, cedeu comentários ao site O Município Blumenau: "Estamos tentando levantar mais pessoas que tenham sido lesadas, supostamente, por essa ONG," explica, "Então ainda é uma investigação preliminar, em razão também dessa repercussão".
Segundo Orsi, as investigações somente começaram após a realização de um Boletim de Ocorrência e ainda estão em fase inicial. As autoridades estão contando possíveis vítimas do golpe, além de apurar a "veracidade das informações" obtidas.
Ademais, a Polícia Civil recomenda verificar os dados de quaisquer entidades que solicitem doações. Idealmente, as instituições qualificadas possuem registros de CNPJ, uma sede e um sistema de prestação de contas.
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