O TikTok é o único aplicativo ainda ativo na Rússia, enquanto Instagram, Facebook e Twitter foram banidos pelo Kremlin. A plataforma anunciou que bloquearia novos uploads após a invasão russa em 6 de março, evitando disseminar notícias falsas da mídia estatal. Um estudo, no entanto, apontou que houve uma falha na aplicação e os conteúdos pró-guerra tomaram conta da plataforma.
O estudo faz parte do “Relatório Especial de Rastreamento Exposto: Restrições de Conteúdo no TikTok na Rússia após a Guerra Ucraniana”, do grupo de direitos digitais Tracking Exposed. Conforme os dados levantados através de uma análise das hashtags da rede social, os conteúdos anti-guerra caíram de 42% para 6,5%, enquanto o pró-guerra subiu de 58% para 93,5%.
O grupo descobriu brechas na proibição ao ser aplicada de maneira “inconsistente”. A má implementação permitiu usuários fazerem uploads de 7 a 24 de março pela sua versão web, mesmo após a invasão. A partir de 25 de março os uploads foram proibidos na plataforma, deixando o conteúdo pró-guerra dominar o TikTok.
Após a proibição, o TikTok na Rússia parou no tempo e os usuários russos não têm acesso aos últimos acontecimentos (Fonte: Shutterstock/Reprodução)Fonte: Shutterstock
Segundo um relatório, atualmente, a rede social conta com 1 conteúdo anti-guerra contra 10 a favor do conflito contra a Ucrânia. Dessa forma, o TikTok na Rússia parou no tempo e os usuários russos não têm acesso aos últimos acontecimentos — como os massacres recentes de Bucha, Mariupol e outras cidades ucranianas.
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