Twitter: Elon Musk pode trazer Trump de volta, temem funcionários

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Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock

A entrada de  Elon Musk no conselho de administração do Twitter deixou alguns funcionários da rede social preocupados. Essas pessoas estão com receio em relação aos caminhos que a plataforma pode tomar principalmente no quesito moderação de conteúdo, já que Musk havia reclamado da falta de liberdade de expressão no site.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (08) pela Reuters, que disse ter ouvido quatro fontes anônimas que trabalham no Twitter. Os funcionários relatam que apesar de o conselho não tomar decisões políticas, eles temem que o bilionário use seu poder e influência para convencer os diretores.

Uma das preocupações é que Musk faça algum tipo de pressão para que a rede retire o banimento ao perfil de Donald Trump, empresário e ex-presidente dos Estados Unidos, por exemplo. O republicano foi banido da rede no começo de 2021 após publicar mensagens incitando pessoas a questionarem os resultados das eleições do país.

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Elon Musk e liberdade de expressão

Durante várias oportunidades, Elon Musk já falou no próprio Twitter o quanto preza pela liberdade de expressão. Poucas semanas antes de confirmar a compra de 9,2% das ações da empresa e se tornar um novo membro do conselho, o magnata publicou uma enquete em seu perfil questionando se a plataforma aderiu ao “princípio da liberdade de expressão”.

O resultado final ficou com 70,4% dos seguidores de Musk respondendo que o Twitter não aderiu ao princípio e somente 29,6% respondendo ao contrário. “As consequências desta pesquisa serão importantes. Por favor, votem com atenção”, publicou o homem mais rico do mundo.

De acordo com os quatro funcionários ouvidos pela Reuters, a visão do bilionário sobre o assunto preocupa porque a rede social pode se tornar um ambiente hostil e com mais discursos de ódio e desinformação. Eles ainda acreditam que é possível haver um afrouxamento nas regras de moderação.

O Twitter não comentou oficialmente sobre a reportagem da Reuters. Anteriormente, porém, a rede social disse que o executivo não receberá tratamento especial agora que faz parte da gerência da plataforma.

Fontes

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