Como anunciado pelo governo da Rússia na semana passada, o Instagram foi suspenso no país nesta segunda-feira (14), depois que sua controladora Meta autorizou os usuários de alguns países a adotarem discursos de ódio e violência contra soldados russos após a invasão da Ucrânia. A medida busca limitar o fluxo de informações sobre a guerra através de redes sociais, e ocorre após a suspensão do Facebook e do Twitter.
Segundo relatos de jornalistas da agência francesa AFP, além de o Instagram estar inacessível na maior parte do território russo, também não é mais possível atualizá-lo. A medida está fazendo com que a única forma de utilizar os aplicativos banidos seja a conexão VPN (rede privada virtual), uma forma roteada de tráfego de dados por um "túnel" criptografado, que disfarça o IP do usuário e permite burlar a censura.
Uma explosão de VPNs
De acordo com a SensorTower, o bloqueio simultâneo de diversas redes sociais em território russo, principalmente o Facebook que é muito popular entre os jovens, determinou uma verdadeira "explosão" de utilização das VPNs na Rússia. Segundo a empresa de monitoramento de internet móvel, foram feitos cerca de seis milhões de downloads desse tipo de aplicativo desde o dia 24 de fevereiro (dada da invasão da Ucrânia) até 8 de março.
Em declaração à agência italiana ANSA, a empresa de cibersegurança SurfShark, especializada em privacidade digital, informou que as vendas de VPNs em território russo aumentaram pelo menos 3.500%.
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