Anunciada em outubro do ano passado, a rede social própria do ex-presidente americano Donald Trump – a Truth – foi lançada nesta segunda-feira (21) na App Store dos EUA. Criada como uma plataforma para combater “a tirania das Big Techs”, a ideia do aplicativo teve início quando Trump ainda estava no poder e foi banido de diversas mídias, como Twitter, Facebook, YouTube e Shopify, por divulgar discursos de ódio e fake news.
A coisa piorou de vez quando o ex-presidente usou as redes sociais para gerar desconfiança no sistema eleitoral do país, o que culminou com a invasão do Capitólio, sede do Congresso Americano, no dia 6 de janeiro de 2021. Naquela época, já eram 12 as plataformas que faziam algum tipo de restrição a Trump.
Sem voz na internet, o filho do presidente, Donald Jr., até pediu ao bilionário Elon Musk que construísse uma rede social para seu pai, mas o dono da Tesla e da SpaceX o ignorou, talvez porque prefira empreendimentos menos arriscados, do tipo colonizar Marte, por exemplo. A verdade é que, como ninguém atendeu aos pedidos, a própria Trump & Co., empresa do ex-presidente, decidiu construir uma plataforma própria.
Como foi criada a plataforma pessoal de Donald Trump?
Para financiar a criação da plataforma Truth, foi constituída uma sociedade de aquisição de propósito específico (SPAC), a Digital World Acquisition, que, em dezembro passado, já havia recebido cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,1 bilhões) em investimentos de simpatizantes e apoiadores de Trump. Embora rumores sobre o lançamento tenham surgido no mês passado, o que ocorreu foi a liberação de uma versão beta fechada para cerca de 500 usuários.
Agora que foi oficialmente lançada, a Truth está sendo alardeada pelos seguidores de Trump como um tremendo "sucesso". No entanto, isso não é uma verdade (sem trocadilho), pois ainda não existe uma única pessoa na plataforma, que está, por enquanto, deixando todos em uma lista de espera, para prevenir um possível ataque de negação de serviços (DDoS) — o app já foi vítima de hackers no período de testes.
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