O Tinder anunciou no domingo (6) que vai parar de cobrar mais caro dos usuários mais velhos interessados em aproveitar os recursos da modalidade Tinder+. A decisão foi tomada após a divulgação de uma pesquisa conduzida pela Mozilla e a Consumers Internacional, relacionada aos preços do serviço premium.
Segundo o levantamento feito com pessoas do Brasil, Estados Unidos, Nova Zelândia, Holanda, Índia e Coreia do Sul, os valores da assinatura do Tinder Plus variam conforme a idade do usuário. Aquelas que têm entre 30 e 49 anos costumam pagar 65,3% a mais pelas funcionalidades extras, em média, se comparadas com as jovens.
Nos países pesquisados, a diferença só não foi notada no Brasil, segundo o relatório. Por outro lado, a Holanda apresenta 31 preços diferentes com base na idade do usuário, podendo variar de US$ 4,45 a US$ 25,95, enquanto a Nova Zelândia possui 25 valores (de US$ 4,95 a US$ 24,54).
O preço por idade no Tinder Plus deve ser encerrado até o final do primeiro semestre.Fonte: Unsplash
A prática, considerada “discriminatória” pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), que apoiou o estudo, já foi motivo de ação judicial nos Estados Unidos, onde a plataforma de encontros afirma ter eliminado a cobrança diferenciada. Medida semelhante aconteceu no Reino Unido e na Austrália.
Justificativas
Em comunicado, o app de namoro disse que a cobrança baseada na idade foi uma forma de tornar o Tinder+ acessível para as “pessoas na escola ou no início de carreira”. A empresa confirmou nunca ter usado qualquer outra informação pessoal ou demográfica para determinar o preço.
A companhia informou ainda que eliminará a prática em todos os mercados “até o final do segundo trimestre deste ano”. Ao Engadget, um porta-voz da plataforma criticou a pesquisa da Consumers International e revelou que o Tinder vai investir em recursos à la carte, em vez de vender assinaturas que agrupam várias ferramentas.
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