O corregedor-geral da Justiça Eleitoral Luis Felipe Salomão solicitou ao Twitter a divulgação dos dados das pessoas que usaram a rede social para disseminar fake news sobre as eleições no Brasil. A plataforma tem um prazo de 15 dias para enviar as informações, contados a partir dessa segunda-feira (25), de acordo com o G1.
As provas solicitadas por Salomão, que também é ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), serão utilizadas para aprofundar as investigações de um inquérito iniciado em agosto. O processo objetiva apurar os ataques ao sistema eletrônico de votação em relação às eleições de 2018, a partir de declarações do presidente Jair Bolsonaro.
Um pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também foi feito pelo corregedor, solicitando o compartilhamento das provas colhidas nos “Inquéritos das Fake News” em tramitação na Corte. Neste caso, as investigações abrangem os ataques à Justiça Eleitoral nos atos preparatórios e nas manifestações de 7 de setembro.
A investigação iniciada pelo TSE contempla também o uso de perfis em várias outras redes sociais.Fonte: Pixabay
Salomão já havia determinado o bloqueio de repasses de valores a vários canais investigados pela propagação de notícias falsas relacionadas às eleições. A ação envolveu perfis no YouTube, Twitter, Facebook, Instagram e Twitch, inicialmente, e depois incluiu ainda contas na plataforma Gettr.
Dados que deverão ser repassados às autoridades
As informações solicitadas pelo ministro do TSE ao Twitter incluem:
- Dados cadastrais de usuários da rede de microblog, inclusive IPs, que foram responsáveis pela primeira postagem de hashtags sobre o tema.
- Detalhes sobre a evolução da postagem das hashtags, com intervalo a cada 15 minutos.
- Planilha informando nome do perfil, data, horário e conteúdo falso compartilhado na rede social.
Os dados solicitados pelo TSE ao Twitter deverão ser repassados à Polícia Federal e incluídos nas investigações.
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