Um estudo feito por dois pesquisadores alemães na forma de mapa perceptual de imagens parece uma brincadeira infantil: eles analisaram as curtidas dadas por usuários do Instagram em fotos de pássaros, em busca das aves mais “Instagramáveis” da internet.
Publicado na revista científica eletrônica i-Perception, o trabalho de Katja Thömmes e Gregor Hayn-Leichsenring, das universidades de Konstanz e Jena, busca esclarecer uma dúvida entre os produtores de conteúdo: o que tornar uma postagem mais atraente em determinado site?
Muitos presumem que o que torna uma postagem mais agradável do que outras tem a ver com relacionabilidade. Por exemplo, pessoas podem se identificar com bebês e animais fofos, e curtir esses conteúdos assim que se deparam com eles.
O novo estudo acredita que a coisa não é assim tão simples, e pesquisou também a simpatia, no caso apenas de um tipo de criatura, os pássaros. O objetivo foi encontrar qual raça de pássaro é a mais popular no Instagram.
Encontrando o pássaro mais Intagramável
Fonte: Phys/ReproduçãoFonte: Phys
A princípio, os pesquisadores criaram um índice de medição, chamado de Apelo Estético de Imagem (IAA). Isso porque entenderam que somente contar as curtidas não seria suficiente para descobrir a raça mais popular, pois a simples contagem mecânica iria deixar de lado os pássaros menos visualizados.
A aplicação do índice levou à seleção das nove contas mais populares do Instagram que apresentam fotos de pássaros. A partir daí, foram analisadas imagens de 27.621 pássaros. Feitas as ponderações, os cientistas descobriram que o boca-de-sapo-australiano (Podargus strigoides), é a ave mais instagramável do momento.
No caso do boca-de-sapo, o que parece ter mais chamado a atenção foram os seus olhos. Enquanto na maioria dos pássaros os olhos ficam na lateral da cabeça, o “boca” os tem voltados para a frente, muito parecidos com os de uma coruja, e com olhos humanos também.
Curiosamente, a expressão do pássaro é de alguém que está sempre mal-humorado, uma emoção bem comum nos tempos atuais.
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