O Facebook baniu "indefinitivamente" as contas do presidente norte-americano Donald Trump. Em nota publicada nesta quinta-feira (7), o CEO Mark Zuckerberg informou que o político não poderá usar os perfis no Facebook e Instagram até o fim do mandato.
A decisão ocorre após Trump usar as redes sociais para incitar manifestações violentas no Capitólio, sede do Congresso norte-americano, na última quarta-feira (6). Inicialmente, a companhia suspendeu as contas do presidente por apenas 24 horas.
Trump ficará com as contas suspensas até o fim do mandato.Fonte: AP/Reprodução
“Os eventos chocantes nas últimas 24 horas demonstram claramente que o presidente Donald Trump pretende usar o tempo restante no cargo para minar a transição pacífica e legal do poder para o sucessor eleito, Joe Biden”, destaca Zuckerberg.
Segundo a nota, Trump usou as redes sociais para conduzir os atos violentos no Capitólio, ao invés de condenar as ações dos seus apoiadores. Assim, a companhia resolveu tomar a drástica decisão de bloquear o político em suas plataformas.
“Estamos estendendo o bloqueio que colocamos em suas contas do Facebook e Instagram indefinidamente e por pelo menos as próximas duas semanas até que a transição pacífica de poder seja concluída”, encerra o comunicado.
Funcionários do Facebook cobravam uma postura mais firme de Zuckerberg em relação a Trump.Fonte: Business Insider/Reprodução
Decisão sem precedentes
A decisão do bloqueio das contas de Trump mostra uma mudança na postura de Mark Zuckerberg. Anteriormente, o CEO nunca interveio diretamente nas polêmicas publicações do presidente e disse não ser o “árbitro da verdade” na rede social.
Contudo, o posicionamento relaxado de Zuckerberg sobre o político e seus apoiadores gerou diversos “mal-estares” dentro do Facebook. Há tempos, os funcionários cobravam atitudes mais rígidas além de apenas excluir ou notificar os posts de Trump.
Ao mesmo tempo, especialistas acreditam que a decisão do bloqueio esteja ligada à mudança na própria Casa Branca. Portanto, Zuckerberg estaria tentando criar uma boa imagem para os democratas que agora ocupam o Congresso e a presidência do país.
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