Um novo relatório publicado pelo Australian Strategic Policy Institute aponta que a rede social de vídeos TikTok estaria censurando publicações e tópicos políticos e sociais sobre questões LGBTQ+, repressão ao povo uigur na China e recentes protestos nos Estados Unidos.
O relatório conclui que a plataforma também suprimiu conteúdos do tipo para torná-los mais difíceis de serem encontrados. "Usuários do TikTok que postam vídeos com essas hashtags têm a impressão de que suas postagens são tão pesquisáveis quanto as de outros usuários, mas na verdade não são", diz a publicação.
Na China, a forma como o país tem lidado com o povo uigur, na região de Xinjiang, tem sido tratada como repressiva. No país, postagens com o termo "Xinjiang" estariam sendo escondidas dos resultados de pesquisa.
"Essa abordagem direta à censura afeta não apenas os cidadãos de um determinado país, mas todo os usuários que falam essas línguas, não importa onde morem no mundo", diz o relatório.
O que diz o TikTok
O TikTok afirma que alguns termos são restritos devido às leis locais. Também, que corrigiu um problema que moderava incorretamente algumas frases em árabe.
No território australiano, também há complicações relacionadas a proibição da rede social nos Estados Unidos. A ByteDance, detentora do TikTok, pode vendê-la para alguma empresa dos EUA para evitar as sanções do governo de Donald Trump. A plataforma vem sendo criticada, entre outros, por falta de transparência.
Em comunicado, um porta-voz do TikTok informou que os dados dos usuários "são armazenados nos Estados Unidos e em Cingapura, com controles rígidos sobre o acesso dos funcionários". A empresa também diz que as informações nunca são compartilhadas com o governo chinês e que não faria isso, caso fosse solicitado.
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