Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (29), o CEO do TikTok, Kevin Mayer, defendeu as atividades promovidas pela plataforma de vídeos, que corre o risco de ser proibida nos Estados Unidos, afirmando que ela ajuda a promover a concorrência. Ele também acusou o Facebook de estar por trás da tentativa de banir o serviço.
Na publicação, divulgada antes de uma audiência antitruste no Congresso dos EUA — que terá a presença de executivos do Facebook e de outras empresas de tecnologia —, Mayer lista os grandes feitos do app chinês, que, segundo ele, se tornou um lugar de descobertas em meio à pandemia do novo coronavírus.
O executivo comentou ainda que uma hipotética saída do TikTok dos EUA deixaria os anunciantes do mercado americano com poucas opções. Além disso, afirmou acreditar que a plataforma tem sido mais visada pelos reguladores devido às suas origens chinesas, mesmo com a companhia se esforçando para mostrar comprometimento com a comunidade e seguindo as leis locais.
Antes do TikTok, Kevin Mayer gerenciava o Disney+.Fonte: Asia Nikkei/Reprodução
Para ele, a solução dos problemas enfrentados pelo app está em uma maior transparência, a ser seguida por todas as concorrentes da área tecnológica. “Acreditamos que todas as empresas devem divulgar seus algoritmos, políticas de moderação e fluxo de dados para os reguladores”, ele revelou.
"Ataques malignos"
A rede social de Mark Zuckerberg foi citada algumas vezes ao longo do comunicado do CEO do TikTok. Em um dos trechos, Mayer comentou o lançamento do Reels, serviço integrado ao Instagram, chamado por ele de “outro produto imitador”, que seria a segunda tentativa do Facebook de derrotar o serviço chinês (a primeira foi o app Lasso, já encerrado).
O executivo também afirmou que a terceira tentativa da rede social em busca de eliminar a concorrência aparece “disfarçada de patriotismo”, por meio de “ataques malignos” que tentam colocar fim à presença da plataforma nos EUA.
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