Nesta quinta-feira (04), o Facebook anunciou que vai por em prática sua decisão de rotular conteúdo – parcial ou totalmente influenciado – proveniente de mídias controladas por governos, sejam anúncios, páginas ou postagens. A companhia quer que os usuários tomem conhecimento quando estiverem diante de um conteúdo com possível teor parcial e ideológico. O recurso vai entrar em vigor nos EUA nas próximas semanas, oito meses depois que a rede social falou no assunto pela primeira vez.
O anúncio chega em um momento em que a empresa está sendo pressionada a tomar medidas para evitar a influência estrangeira nas próximas eleições presidenciais americanas, agendadas para novembro.
Entre os meios de comunicação que serão rotulados estão as agências de notícias chinesas Xinhua e CCTV, e as russas RT e Sputnik. As agências que forem rotuladas por enganos poderão reclamar junto à rede social.
Modelo de rótulo de página de mídia estatal no Facebook. (Fonte: Facebook Newsroom/Divulgação)Fonte: Facebook Newsroom
“Estamos oferecendo maior transparência a esses editores porque eles combinam a influência de uma organização de mídia com o apoio estratégico de um estado, e acreditamos que as pessoas devem saber se as notícias que elas leem são provenientes de uma publicação que pode estar sob a influência de um governo”, diz parte do anúncio do Facebook.
Transparência de um lado, críticas de outro
Recentemente, uma publicação do presidente americano Donald Trump recebeu um rótulo no Twitter, que exigia ser descartado pelos usuários, antes de o conteúdo ser acessado. A publicação se referia aos protestos que estão ocorrendo nos EUA e dizia: “Quando os saques começam, os tiroteios começam”.
O Twitter entendeu que a frase de Trump incitava a violência e, por isso, merecia um aviso de alerta.
Enquanto isso, o Facebook recebeu duras críticas por deixar a publicação do presidente passar sem nenhum tipo de veto.
Em relação aos anúncios, eles só começarão a ser rotulados no final do terceiro trimestre deste ano.
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