Andrew Bosworth, um executivo de longa data do Facebook, declarou que Trump está utilizando o mecanismo de anúncios do Facebook para promover sua imagem durante a campanha de reeleição. Em uma postagem vazada pela New York Times nesta terça-feira (7), ele afirma que assim como a rede social elegeu o presidente em 2016, é provável que ela o faça novamente nas próximas eleições.
Segundo Bosworth, a vitória do político há quatro anos só aconteceu porque o Facebook viabilizou o ambiente perfeito para a melhor campanha publicitária virtual que o dinheiro poderia pagar. O executivo é contrário a essa prática e sugere, portanto, que a rede social reveja sua política sobre anúncios.
De acordo com o site CNET, Bosworth não está sozinho nesse barco: o Facebook vem recebendo diversas críticas relacionadas ao assunto nos últimos meses. Em outubro, mais de 250 funcionários da empresa mandaram uma carta ao CEO Mark Zuckerberg criticando tal política.
Apenas três dias após a morte do general iraniano Qassem Soleimani, centenas de anúncios promoviam a atitude de Trump em ordenar o assassinato. “Graças às ações rápidas do nosso comandante, o general iraniano Qassem Soleimani não é mais uma ameaça para os Estados Unidos ou para o mundo.”, dizia um anúncio. "Participe da Pesquisa Militar Oficial do Trump hoje para me informar o que você acha da minha liderança como comandante.", era possível ler em outro.
Esse último levava a uma pesquisa com perguntas como "Você defende o presidente Trump na decisão de eliminar o perigoso terrorista iraniano, Qassem Soleimani?", solicitando informações como nome completo, telefone e email. Quem fornecia tais informações, concordava em receber textos e chamadas da campanha de reeleição do presidente e do Comitê Nacional Republicano.
Nesta terça-feira (7), mesmo dia da divulgação da postagem de Bosworth, o Facebook derrubou alguns anúncios de Trump que estariam violando regras da rede social. De acordo com o BuzzFeed, a empresa não quis comentar a situação.
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