Segundo pesquisa da Avaaz, plataforma de petições online, 62% dos brasileiros já acreditaram em fake news e 7 em cada 10 pessoas procuram se informar via redes sociais no país. As mulheres são as principais afetadas com a disseminação desse tipo de conteúdo, conforme o Instituto Palavra Aberta, ONG voltada para a liberdade de imprensa. As informações foram apresentadas em audiência especial realizada na Câmara dos Deputados na última terça-feira (26).
"A Avaaz já colheu informações que dão conta de que as fake news têm prejudicado, inclusive, a saúde e segurança do cidadão, como no caso das vacinas. O número de pessoas que deixaram de se vacinar por conta de uma desinformação tem crescido significativamente. Além de pessoas que foram linchadas, morreram ou foram agredidas por conta de uma desinformação", apontou Carolina Venuto, representante da empresa.
Outro estudo recente da Avaaz, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), revela que 67% da população confiaram em pelo menos uma afirmação imprecisa sobre vacinação. "As grandes plataformas precisam mostrar correções às pessoas expostas a essas desinformações. E, se não o fizerem por iniciativa própria, o governo precisa garantir que o façam — é uma questão de saúde pública", ressalta a pesquisa.
Mulheres são afetadas
Patricia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, ressaltou que as mulheres são as mais afetadas pelo compartilhamento de fake news. Isso porque, nessas situações, elas são alvo comum de ameaças, conteúdo violento e xingamentos publicados na internet.
"No ambiente em que a gente vive, em que se busca igualdade, onde se busca a participação cada vez mais ativa da mulher em todas as áreas, é impressionante que ainda aconteçam casos de violência tão graves quantos esses que a gente vem sofrendo e que muitas vezes levam até à morte", argumentou Blanco, que também é membro do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
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