O criador do botão de retweet, no Twitter, admitiu, ao BuzzFeed News, que a ferramenta talvez tenha sido uma má ideia. "Nós entregamos uma arma carregada para crianças de 4 anos", comparou Chris Wetherell, desenvolvedor que ajudou a criar a função.
Em 2009, enquanto estavam desenvolvendo a opção de retweet, Wetherell e sua equipe olharam apenas para os benefícios da rápida disseminação de conteúdo que a ferramenta traria. O recurso se mostrou tão eficiente dentro desta proposta que outras redes sociais o adaptaram — como a opção de compartilhamento do Facebook.
O lado sombrio do fluxo de informação
Wetherell, porém, percebeu mais tarde que dar a chance das pessoas republicarem tweets aumentava descontroladamente o compartilhamento de desinformação e facilitava a hostilização. “Lembro-me especificamente de um dia pensar nessa frase: colocamos o poder nas mãos das pessoas. Mas agora, diria isso de forma ligeiramente diferente: não, colocamos o poder nas mãos das pessoas”, pontuou Wetherell fazendo referência ao tom negativo que a frase adquiriu para ele.
Apesar dos pontos levantados, o desenvolvedor disse que é tarde demais para alterar o rumo da ferramenta. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, afirmou estar “pensando definitivamente nos incentivos e ramificações de todas as ações, incluindo o retweet”.
Uma alternativa apontada por ele é incentivar o retweet com comentários. “Retweetar com comentários, por exemplo, pode encorajar mais consideração antes da disseminação”, sugeriu.
O retweet mudou a forma de funcionamento de diversas redes sociais, mas como qualquer recurso, fica a mercê do modo como os usuários irão empregá-lo. Você acha ferramenta positiva ou negativa?
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