Um estudo do Instituto de Internet da Universidade de Oxford comprovou o que vemos todos os dias em nossos feeds de notícias: o engajamento em postagens com informações falsas e com conteúdo extremo é maior do que em posts de notícias da mídia tradicional.
A análise foi feita a partir de conteúdos veiculados em redes sociais, principalmente Facebook e Twitter, durante o período de eleições do Parlamento Europeu, de 23 a 26 de maio. Os sites populares por publicarem as chamadas junk news tiveram um engajamento de 1,2 a 4 vezes maior do que os veículos tradicionais.
Junk news
O que por aqui chamamos de fake news o estudo classificou como junk news; ou seja, conteúdos ideologicamente extremos, enganosos ou com informações e fatos incorretos. A disseminação dessas mensagens alarma as autoridades da União Europeia por ocorrerem justamente em um período de processos políticos e por influenciarem as pessoas.
"As junk news em nossa base tenderam a envolver temas populistas, como anti-imigração, fobia contra grupos islâmicos, com poucos mencionando líderes ou partidos europeus", destacam os autores da pesquisa, de acordo com a Agência Brasil.
Influência externa
Além da preocupação com a desinformação da população impactada pelas junk news, o estudo destaca outro problema: a influência externa em eleições locais. Foram identificados, entre os compartilhamentos, posts com informações falsas de fontes russas.
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